Bebidas muito quentes podem aumentar risco de câncer, aponta pesquisa

Você acreditaria se aquele gole de café ainda fumegante pudesse prejudicar sua saúde? A ciência tem apontado que o consumo de bebidas muito quentes, acima de 65 °C, pode elevar o risco de câncer no esôfago. Diversas pesquisas já associaram a alta temperatura de líquidos, como café, chá e chimarrão, ao aumento de casos da doença.

O que diz a pesquisa científica
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou a ingestão de líquidos muito quentes como “provavelmente carcinogênica para humanos” – mesma categoria de risco atribuída à fumaça de madeira em ambientes fechados.

Na América do Sul, estudos mostraram que o consumo frequente de chimarrão fervente, geralmente acima de 70 °C, está relacionado a maior incidência de câncer de esôfago.

Mais recentemente, uma pesquisa que acompanhou quase meio milhão de britânicos reforçou essa associação. Segundo os resultados, pessoas que consomem oito ou mais xícaras diárias de chá ou café muito quente têm até seis vezes mais chances de desenvolver a doença em comparação às que evitam líquidos em temperaturas elevadas.

Por que o calor pode causar câncer?
A principal teoria é que o calor extremo danifica as células do revestimento do esôfago, provocando lesões térmicas. Com o tempo, esse dano repetido pode favorecer alterações pré-cancerígenas.

Além disso, a agressão térmica pode comprometer a barreira protetora do esôfago, tornando-o mais vulnerável à ação do ácido gástrico em casos de refluxo.

Embora ainda sejam necessárias mais evidências em humanos, estudos experimentais com animais já comprovaram danos causados pelo consumo de líquidos em temperaturas muito altas.

Qual é a temperatura ideal?
De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, a temperatura mais segura para equilibrar sabor e saúde é de cerca de 57,8 °C. Nessa faixa, o prazer da bebida é preservado sem aumentar tanto o risco para o esôfago.

Uma recomendação prática é esperar ao menos cinco minutos antes de ingerir o café, chá ou chimarrão logo após serem servidos. Esse intervalo permite que a temperatura caia significativamente, tornando a experiência mais segura.

Por Bruno Rakowsky

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Ceará tem aviso de rajadas de vento de até 60 km/h em 18 cidades, alerta Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta segunda-feira (1º) um alerta de perigo potencial de vendaval para 18 municípios do Ceará. O aviso é válido até às 9h da próxima quarta-feira (3).

De acordo com o órgão, as localidades podem registrar rajadas de vento entre 40 km/h e 60 km/h. Apesar da intensidade, o Inmet classificou como baixo o risco de queda de galhos de árvores.

🌬️ Recomendações de segurança 
O instituto orienta a população a adotar cuidados durante o período do alerta:
  • Não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas;
  • Evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Manter atenção em áreas abertas e ao dirigir em rodovias.

🚨 Municípios sob alerta 
Veja a lista completa de cidades cearenses que podem ser afetadas:

  • Aiuaba
  • Antonina do Norte
  • Araripe
  • Arneiroz
  • Assaré
  • Campos Sales
  • Catarina
  • Crateús
  • Independência
  • Ipaporanga
  • Novo Oriente
  • Parambu
  • Poranga
  • Potengi
  • Quiterianópolis
 
Por Aline Dantas

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William Bonner anuncia saída do Jornal Nacional após 29 anos

Quando desejar uma boa noite ao público do Jornal Nacional nas próximas semanas, William Bonner já terá o gosto de despedida na boca. O jornalista anunciou que deixará, em novembro, o comando do telejornal de maior audiência do país, após quase três décadas na bancada e cerca de 10 mil edições apresentadas.

Seu lugar será ocupado por César Tralli, que deixa o Jornal Hoje — onde será substituído por Roberto Kovalick — e assume o JN ao lado de Renata Vasconcellos, que permanece no posto. Bonner, por sua vez, passará a apresentar o Globo Repórter às sextas-feiras, ao lado de Sandra Annenberg, a partir de 2026.

🌍 “Movimento tectônico” na TV brasileira 
Bonner fez o anúncio nesta segunda-feira (1º), no dia em que o Jornal Nacional completa 56 anos no ar. Em almoço com jornalistas na sede da Globo, no Rio de Janeiro, classificou sua saída como um “movimento tectônico” na história do telejornal.

Segundo ele, a decisão havia sido tomada há cinco anos, em acordo com a emissora, para que houvesse tempo de preparar mudanças nas equipes e sucessores.

“Minha maior preocupação era dar a esse anúncio uma enorme leveza. Não é o maior evento da Terra, não estou saindo da Globo. Venho de anos de uma exaustão muito louca, e um dos maiores motivos é que tenho dois filhos morando e trabalhando fora do Brasil. A saudade é muito dolorosa”, disse.

🎙️ Momentos marcantes da carreira 
Aos 61 anos, Bonner é o jornalista que mais tempo ficou à frente do JN desde sua estreia, em 1969. Ao longo de quase três décadas, comandou a cobertura de fatos históricos, como os ataques de 11 de Setembro em Nova York, a morte de colegas como Tim Lopes e Cid Moreira, e a pandemia da Covid-19.

Entre os momentos mais marcantes, o apresentador relembra o dia em que, no auge da crise sanitária, rompeu o protocolo do telejornalismo e fez um discurso emocionado ao apresentar o número de mortes:

“Foi o único momento em que botei para fora um sentimento de indignação, sem combinar com ninguém da empresa, nem comigo mesmo. A gente estava sacrificando as nossas vidas pessoais para fazer o jornal e tinha gente investida de poder lutando contra a informação. Pedi desculpas porque eu perdi o controle. Foi o momento mais dramático da minha carreira.”

🔄 Transformação no estilo do JN 
Bonner também foi responsável por flexibilizar a rigidez tradicional da bancada. Passou a adotar linguagem mais coloquial, conversas informais com repórteres, planos de câmera mais abertos e uma seleção mais criteriosa do noticiário.

Em coberturas recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul, deixou o estúdio e se aproximou do público, mostrando comoção com as vítimas.

Renata Vasconcellos destacou essa evolução: “A gente está muito perto das pessoas, dentro da casa das pessoas todos os dias, então fomos trazendo esse calor. Somos muito passionais e sensíveis.”

A responsabilidade de César Tralli 
Com mais de 20 anos de carreira na Globo, Tralli assume a missão de substituir o colega. O jornalista já foi repórter especial do JN por 15 anos e, mais recentemente, comandou o Jornal Hoje e o Edição das 18h na GloboNews.

“Cada um tem seu estilo. Sou um repórter na apresentação, sei como o jornal funciona e tenho consciência da responsabilidade. Recebo essa missão com muita felicidade, mas também com os pés no chão.”

A mudança foi acompanhada de pesquisas e ajustes internos, segundo o diretor-geral de jornalismo da Globo, Ricardo Villela, que descreve o JN como “o maior telejornal em uma democracia hoje”.

📺 Uma trajetória histórica 
Bonner estreou na bancada em 1º de abril de 1996, ao lado de Lillian Witte Fibe, substituindo Cid Moreira e Sérgio Chapelin. Desde então, dividiu a apresentação com Fátima Bernardes (1998–2011), Patrícia Poeta (2011–2014) e, desde 2014, com Renata Vasconcellos.

Além da função de âncora, acumulou o cargo de editor-chefe a partir de 1999, posto que agora será assumido por Cristiana Souza Cruz, que já comandou o escritório da Globo em Nova York e há seis anos era editora-adjunta do JN.

No Globo Repórter, Bonner volta ao papel de repórter e apresentador, sem funções de chefia: “Meu acordo com a emissora foi de que não quero mandar em nada nem em ninguém. É muito desgastante. Só queria parar enquanto ainda tenho saúde para aproveitar.”

Por Nicolas Uchoa

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Operação Integração Saturação Total: Forças de Segurança capturam 210 pessoas em todo o Ceará

As Forças de Segurança do Ceará realizaram durante a Operação Integração Saturação Total, as capturas de 210 suspeitos de crimes diversos, das 18 horas do dia 29 de agosto até às 5h59 desta segunda-feira (1º). Durante a ofensiva, foram realizadas 196 prisões em flagrante e cumpridos 14 mandados de prisão na Capital, Região Metropolitana de Fortaleza e no Interior do estado.

A abertura dos trabalhos ocorreu na noite da última sexta-feira (29), no bairro Praia do Futuro, em Fortaleza, e contou com a presença do governador do Ceará, Elmano de Freitas, do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, e dos chefes das vinculadas à SSPDS.

Prisões em flagrante
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil realizaram 196 capturas em flagrante, sendo 63 na Capital, 50 na Região Sul, 42 na Região Norte e 41 na Região Metropolitana de Fortaleza pelos crimes de tráfico de drogas, lesão corporal dolosa, homicídio, posse e porte ilegal de fogo de arma de fogo de uso permitido, violência doméstica, descumprimento de medida protetiva de urgência, estupro de vulnerável, extorsão, receptação, ameaça, direção perigosa, crimes de trânsito, furto qualificado, furto e roubo, dano e crime contra a administração pública. Ao todo, 169 homens e 27 mulheres, com idades de 18 a 50 anos, foram presos em flagrante delito pelas Forças de Segurança do Ceará.

Cumprimentos de mandados
A ofensiva resultou, ainda, em 14 cumprimento de mandados de prisão preventiva pelos crimes de integrar grupo criminoso, tráfico de drogas, posse ilegal de fogo de arma de fogo de uso permitido, homicídio, estupro de vulnerável e roubo. Em Fortaleza foram realizadas cinco capturas nos bairros Maraponga, Jacarecanga, Carlito Pamplona e São Gerardo, Curió e Genibaú. Já no Interior do Ceará, foram cumpridos nove mandados em desfavor de suspeitos localizados nos municípios de Iguatu e Icó, Juazeiro do Norte, Itarema e Amontada, Aratuba e Sobral.

Sobre a operação
A Operação Integração Saturação Total ocorreu em todo o estado, com de cerca de 1.800 policiais distribuídos nos três dias da ofensiva.
 
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Polícia prende no Espírito Santo acusado de homicídio em Crato

Uma ação conjunta entre a 2ª Delegacia Seccional do Interior Sul em Juazeiro do Norte e a Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim (ES) resultou na prisão de José Willyan Sousa Cardoso, de 36 anos, acusado de homicídio em Crato. O cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça ocorreu no Espírito Santo, onde o suspeito estava foragido.

De acordo com as investigações, Willyan residia no bairro Sertãozinho, em Crato, e vinha sendo procurado desde o crime. Ao ser abordado no Espírito Santo, ele apresentou um documento falso em nome de Ricardo Gomes Pinto na tentativa de enganar os policiais e evitar a prisão.

🔪 O crime
O homicídio ocorreu em 22 de dezembro de 2021, por volta das 19h, tendo como vítima Vicente Durval Noronha Damasceno, de 58 anos, morador da Avenida Teodorico Teles, no centro de Crato.

Segundo a polícia, vítima e acusado haviam discutido em um bar momentos antes do crime. Imagens de câmeras de segurança mostraram Willyan seguindo Durval em uma motocicleta.

Conforme os autos do processo, a vítima deixou o local dirigindo seu Ford Fiesta preto. Quando parou no semáforo da Avenida Tomaz Osterne de Alencar, no bairro Vila Alta, o acusado teria invadido o carro e desferido dois golpes de faca no pescoço de Durval.

🚗 Tentativa de socorro e morte no trânsito 
Mesmo ferido, Vicente Durval tentou dirigir em busca de ajuda, mas perdeu o controle do veículo e colidiu contra outro carro na Rua Presidente Kennedy, ainda em Crato. Ele não resistiu e morreu dentro do automóvel.

⚖️ Prisão preventiva 
A prisão de José Willyan Sousa Cardoso foi autorizada pela Comarca de Crato. A operação de captura só foi possível após a troca de informações entre as polícias do Ceará e do Espírito Santo, que localizaram o foragido.

O suspeito deve ser transferido para o Ceará, onde responderá pelo crime de homicídio qualificado.

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Veja como PGR liga Bolsonaro aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (2) a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete ex-assessores, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentarem consumar um golpe de Estado no Brasil. 

Os cinco ministros da Primeira Turma - Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino - irão julgar baseados nas provas apresentadas por acusação e defesas durante a instrução do processo. 

No caso da acusação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou suas alegações finais, a versão definitiva para os fatos investigados, em 15 de julho, quando pediu a condenação dos oito réus por cinco crimes, cujas penas máximas, somadas, podem ultrapassar os 40 anos de prisão.

Todos foram acusados dos seguintes crimes: 
  • liderar ou integrar organização criminosa armada; 
  • atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito; 
  • golpe de Estado; 
  • dano qualificado por violência e grave ameaça e 
  • deterioração de patrimônio tombado da União. 

Gonet descreveu o que, para a PGR, seriam diversos atos típicos, ou seja, atos ou omissões dos réus que caracterizam crime. No entender do procurador, contudo, tratam-se de crimes complexos, executados com o intuito de não serem descobertos ou provados. 

Por esse motivo, Gonet avalia que a tipificação dos crimes imputados é igualmente complexa, sendo formada a partir de uma série de comportamentos em um espaço alongado de tempo, e não a partir de atos isolados. 

“Uma tentativa de golpe de Estado, de quebra dos elementos essenciais do Estado de Direito Democrático e de ruína da independência dos poderes, não se dá à compreensão sem que se articulem fatos e eventos múltiplos, de ocorrência estendida no tempo, que conformam o comportamento punido pela lei”, explica o PGR em sua peça acusatória.

8 de janeiro 
Para caracterizar os crimes, Gonet deu importância crucial aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com a derrota dele na tentativa de reeleição em 2022, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. 

“O evento dramático auxiliou a ressignificar toda uma série de acontecimentos pretéritos, que antes pareciam desconectados entre si”, escreveu o PGR nas alegações finais. 

“Atos que, até então, poderiam parecer reprováveis apenas do ponto de vista moral ou eleitoral, foram encaixados dentro de um plano maior de ruptura institucional”, acrescenta.

Gonet afirma que os atos violentos foram resultado do complô golpista e só ocorreram pelo incentivo de Jair Bolsonaro, que manifestou apoio aos acampamentos que, desde o fim da eleição, pediam a intervenção militar, incitação que em si já é crime previsto no Código Penal. 

O procurador-geral da República apresenta, por exemplo, mensagens trocadas entre o coronel Mauro Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, nas quais o militar parece fazer a ponte entre o Palácio do Planalto e lideranças dos manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. 

Nas conversas, a palavra “churrasco”, segundo Gonet, é usada como código para o golpe de Estado. Uma das mensagens recebidas por Fernandes, de um dos líderes do acampamento, diz, por exemplo: “a gente tá indo lá pra esplanada, pra manifestação da esplanada, ok? É… e eu preciso falar urgente com o senhor, sobre aquela… aquele churrasco. É… se conseguiu alguma orientação ai”. 

Tais comunicações, para Gonet, deixam “evidente que os movimentos dos apoiadores de Jair Messias Bolsonaro não eram espontâneos, mas fruto de prévia orientação da organização criminosa”.

O procurador cita ainda a ida do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e que foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022, até o acampamento no QG do Exército, em 4 de janeiro de 2023, onde transmitiu mensagem de esperança a respeito do golpe. 

Em relação especificamente a Bolsonaro, o procurador afirma que os acontecimentos do 8 de janeiro somente aconteceram devido à “comoção social” alimentada pelo ex-presidente, que desde meados de 2021 passou a colocar em dúvida o processo eleitoral, com ataques, sem provas, contra o funcionamento das urnas eletrônicas. 

Gonet descreve o que seriam falas coordenadas de Bolsonaro, e diz que uma “sequência de atos - declarações públicas ameaçadoras, disseminação de falsidades sobre o sistema eleitoral, ataques reiterados a ministros da Suprema Corte, articulação com aliados militares e manipulação de inquéritos - compõe engrenagem de deslegitimação institucional, cujo objetivo central era a rejeição antecipada do resultado eleitoral”.

A partir daí, o procurador afirma que Bolsonaro passou a agir de modo coordenado com a organização criminosa golpista no intuito de manter seus apoiadores insatisfeitos antecipadamente com o resultado das urnas. 

“Esse escalonamento da agressividade discursiva não era episódico nem improvisado. Integrava a execução de plano orientado à corrosão progressiva da confiança pública nas instituições democráticas”, afirma o procurador. 

Ainda segundo  Gonet, mensagens trocadas pelos réus indicam inclusive orientação sobre como os manifestantes poderiam utilizar grades como escadas e mangueiras de incêndio de forma coordenada no suposto “churrasco”. 

O procurador-geral da República afirma não ser necessário que os réus estivessem em pessoa na praça dos Três Poderes para que possam ser considerados responsáveis pelos atos violentos e os danos causados aos prédios públicos, que foram estimados em mais de R$ 30 milhões. 

Defesa
Os advogados de defesa, de uma forma geral, afirmam que Gonet não apresentou uma prova documental sequer que coloque seus clientes no cenário dos crimes praticados em 8 de janeiro de 2023. Para eles, o fato do procurador não ter indicado o ato específico de dano praticado diretamente contra os prédios públicos impede que os réus sejam culpados pelos acontecimentos daquele dia. 

A equipe de advogados de Bolsonaro, por exemplo, afirma que a narrativa do PGR trata de um “golpe imaginado”, e que mesmo que o ex-presidente tenha cogitado, numa espécie de “brainstorm”, algum tipo de ruptura institucional, a PGR não trouxe aos autos nenhuma prova cabal que ligue Bolsonaro aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. 

Os réus do núcleo 1 da trama golpista, que serão julgados a partir desta terça-feira: 

  • Jair Bolsonaro - ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier - ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro.

Fonte: Agência Brasil

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INSS volta a exigir autorização judicial para empréstimo a incapaz; entenda

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) restabeleceu a necessidade de autorização judicial para novas contratações de empréstimos consignados contraídos em benefícios pagos pela autarquia por representantes legais de titulares considerados civilmente incapazes.

A decisão foi regulamentada pela Instrução Normativa (IN) 190/2025, do INSS, assinada pelo presidente da entidade, Gilberto Waller Júnior.

Com isso, bancos e instituições financeiras estão impedidos de aceitar novos contratos firmados apenas com a assinatura do representante legal, sem autorização judicial.

O INSS informou, por meio de nota, que os empréstimos contratados antes da vigência da IN 190/2025 não serão anulados.

Decisão judicial
A medida do INSS cumpre decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), de junho deste ano, a partir de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o instituto.

O desembargador federal Carlos Delgado, da Terceira Turma do TRF3, julgou que a eliminação da exigência de autorização judicial prévia para a contratação de empréstimos consignados por representantes de pessoas incapazes, tutelados ou curatelados era ilegal e ultrapassava o poder regulamentar da autarquia.

“Os atos normativos editados pelo Poder Executivo não podem inovar na ordem jurídica, sob pena de padecerem do vício da ilegalidade. Assim, a Instrução Normativa (IN) PRES/INSS 136/2022 extrapolou a tarefa de apenas regulamentar os procedimentos operacionais descritos no artigo 6º, parágrafo 1º, da Lei 10.820/03”, frisou o magistrado, em junho.

Pela decisão judicial, o INSS foi obrigado a comunicar a decisão às instituições financeiras com as quais mantém convênio para realizar o desconto em folha de empréstimo consignado, quando solicitado pelo representante legal do titular do benefício previdenciário.
Em nota, o INSS informou que essas instituições já foram comunicadas sobre a decisão.

Nova norma
A nova norma anula trechos de flexibilização da contratação de empréstimos consignados por representantes legais em nome de pessoas incapazes previstos na Instrução Normativa nº 138/2022.

Pelo novo texto, além da necessidade de autorização judicial para novas contratações, o termo de autorização para acesso a dados deve ser preenchido pelas instituições financeiras que concedem os empréstimos.

Esse formulário padronizado pelo INSS também deverá ser assinado pelo beneficiário ou seu responsável legal, para autorizar a consulta aos dados de elegibilidade (se o benefício pode, legalmente, ser usado para contratar um empréstimo) e a verificação da margem consignável (valor máximo da parcela que pode ser descontado diretamente do benefício do INSS) para pagar o empréstimo.

Fonte: Agência Brasil

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URCA lança vestibular unificado com vagas inéditas em Engenharia Civil e Engenharia Agronômica

A Universidade Regional do Cariri (URCA) abre, de 1º a 25 de setembro, as inscrições para o Processo Seletivo Unificado 2025.2 dos cursos da instituição. Serão ofertadas 1.370 vagas para 21 cursos de graduação, com ingresso no primeiro semestre letivo de 2026.1 nos Campi de Iguatu e Mauriti, e no segundo semestre letivo 2025.2 para os demais Campi.

Pela primeira vez os vestibulandos poderão concorrer às vagas nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Agronômica, aprovados recentemente no Conselho Universitário (Consuni), da Instituição. As vagas serão distribuídas para os Campi de Barbalha, Crajubar, Pimenta, São Miguel, Violeta Arraes, Missão Velha, Mauriti, Iguatu e Campos Sales.

As provas serão realizadas nos dias 18 e 19 outubro (sábado e domingo). No primeiro dia, serão aplicadas as provas de Física, Matemática, Química e Biologia, e no segundo, as de História, Geografia, Língua Portuguesa/Literatura Lusófona, Língua Estrangeira e Redação.

A realização do Processo Seletivo Unificado está a cargo da Comissão Executiva do Vestibular – CEV.  O edital para maiores informações dos interessados em participar do certame, pode ser acessado no site. O candidato deve acompanhar as etapas, aditivos e comunicados da CEV/URCA, quanto ao processo seletivo e as eventuais alterações.

O valor da taxa de inscrição do Processo Seletivo Unificado é de R$ 150,00, para os candidatos que não obtiveram o benefício de isenção; b) Taxa Parcial: (para os Alunos de Escola Pública do Estado do Ceará) Valor R$ 75,00, que estão solicitando pela2ª vez; e no valor de R$ 112,50 que estão solicitando pela 3ª vez. O Documento de Arrecadação do Estado (D.A.E) referente à taxa de Inscrição será gerado pela internet e pago em qualquer Correspondente bancários (Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, Banco Santander, Caixa Econômica Federal, Banco Brasileiro de Descontos e Banco Itaú) conforme vencimento.

As vagas serão destinadas para os cursos de Artes Visuais, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Medicina, Pedagogia, Química, Teatro e Turismo.

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