O governador Elmano de Freitas anunciou, nesta quarta-feira (6), um pacote emergencial com quatro medidas de socorro às empresas cearenses afetadas pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O Ceará é proporcionalmente o estado mais impactado pela medida, já que 52% das exportações cearenses têm como destino o mercado americano.
O plano será formalizado em um projeto de lei que será enviado ainda hoje à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), com foco na preservação de empregos e na sustentação das atividades econômicas.
📋 Medidas anunciadas:
💰 Auxílio financeiro às empresas que exportam diretamente para os EUA;
🍛 Compra de produtos locais para programas sociais como o Ceará Sem Fome e restaurantes universitários;
💸 Antecipação do pagamento de créditos de ICMS às empresas prejudicadas;
📈 Ampliação de incentivos fiscais e criação de um Comitê Estratégico para monitorar e coordenar a execução das medidas.
“Se forem necessárias outras medidas, tomaremos ouvindo os setores econômicos do nosso estado. O que nós pretendemos com essas decisões é a garantia dos empregos do povo cearense, as empresas mantendo seus negócios e, assim, a economia cearense continuar crescendo, gerando oportunidades e emprego para o nosso povo”, reforçou o governador.
As ações foram definidas após uma reunião do governador com representantes do setor produtivo cearense, em resposta às sanções econômicas decretadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.
⚠️ Tarifaço em vigor
As medidas do governo estadual foram anunciadas no mesmo dia em que entrou em vigor o tarifaço norte-americano, que aplica taxas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, exceto uma lista com 697 itens isentos. O impacto é profundo sobre setores industriais e agropecuários do Ceará, que dependem fortemente do comércio com os EUA.
O pacote cearense atende a demandas emergenciais de empresários e industriais que temem perdas econômicas severas com a imposição das tarifas. A expectativa do governo é que o apoio emergencial seja suficiente para garantir a sobrevivência dos setores exportadores mais vulneráveis neste momento de crise comercial internacional.
Por Heloísa Mendelshon
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