Com foco na valorização dos saberes tradicionais e na ampliação do acesso do artesanato cearense ao mercado contemporâneo, a Secretaria da Proteção Social do Ceará (SPS) deu início nesta segunda-feira (2) à Imersão Cariri 2025, uma experiência promovida pela Central de Artesanato do Ceará (CeArt). A ação segue até sexta-feira (6), como parte da programação oficial da 66ª Feirart, realizada na região do Cariri.
A proposta da iniciativa é promover um intercâmbio entre artesãos locais e profissionais do design, curadoria e varejo do eixo Rio-São Paulo. Ao todo, 14 convidados participam da imersão, entre eles representantes da ONG Artesol e o arquiteto e apresentador Maurício Arruda.
📈 Resultados da edição anterior
Na edição de 2024, a iniciativa resultou em mais de R$ 272 mil em vendas para os artesãos envolvidos. Para 2025, a expectativa é aprofundar ainda mais as conexões entre os criadores e o mercado.
“O que estamos propondo é o turismo de experiência, e o artesanato é muito forte nisso, porque é preciso divulgar os artesãos, saber como eles vivem e de onde vem todo o imaginário deles”, explica Germana Mourão, coordenadora de desenvolvimento do artesanato da SPS.
Durante os cinco dias de atividades, os participantes percorrem polos produtivos, museus orgânicos, ateliês e comunidades artesãs de oito municípios do Cariri: Juazeiro do Norte, Brejo Santo, Porteiras, Missão Velha, Barbalha, Potengi, Crato e Nova Olinda.
Cada visita busca revelar as técnicas, matérias-primas, contextos sociais e expressões culturais que compõem a identidade de cada peça produzida na região. Entre os destaques do roteiro estão instituições como a Lira Nordestina e a Fundação Casa Grande.
🎉 Conexão com o calendário cultural
A imersão também dialoga com eventos da região, como a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, em Barbalha, que tem reconhecimento de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A vivência convida os visitantes a conhecer não apenas os produtos, mas também a história de vida dos artesãos, seus territórios e influências.
Por Bruno Rakowsky
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