Estudo não recomenda dose de reforço contra Covid-19

Uma revisão de estudos publicada nesta segunda-feira (13) no jornal científico The Lancet, não recomenda doses de reforço das vacinas contra Covid-19 na fase atual da pandemia, dada a alta eficácia dos imunizantes na prevenção de casos graves da doença.

O estudo mostra também que, mesmo em populações com alta cobertura de vacinação, a minoria não vacinada ainda é a principal causa de transmissão do vírus Sars-CoV-2 e apresenta maior risco de casos graves de Covid-19.

“Mesmo que algum ganho possa ser obtido com o reforço, isso não superará os benefícios de fornecer proteção inicial aos não vacinados. Se as vacinas forem implantadas onde fariam mais bem, elas poderiam acelerar o fim da pandemia, inibindo a evolução das variantes”, explica Ana-Maria Henao-Restrepo, pesquisadora que liderou o estudo, em comunicado.

A pesquisa reúne dados de ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados em periódicos científicos ou ainda não revisados pares. Entre os autores, estão especialistas do mudo todo, incluindo da Organização Mundial de Sáude (OMS) e da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA),a Anvisa dos Estados Unidos.

Embora as vacinas sejam menos eficazes contra casos assintomáticos, a revisão mostrou que elas apresentaram 95% de eficácia contra formas graves de Covid-19, considerando tanto a variante Delta (B.1.617.2) quanto a Alfa (B.1.1.7). Além disso, a efetividade geral, levando em conta qualquer tipo de infecção pelas duas cepas, foi de 80%. Já considerando a vacinação contra qualquer tipo de variante, a eficácia foi maior contra Covid-19 grave do que em infecções com sintomas mais leves.

Os cientistas notaram ainda que a proteção contra casos mais graves não necessariamente diminui conforme os níveis de anticorpos caem com o tempo. Isso porque a resposta imune depende também da memória e da imunidade mediada por células de defesa, que costumam ser mais duradouras.

Embora não haja indícios de que os reforços sejam necessários no momento, os cientistas acreditam que aqueles desevolvidos para combater as cepas novas talvez possam ser mais eficazes e duradouros do que os com base nas vacinas atuais. Entretanto, eles defendem, ainda é preciso identificar as circunstâncias específicas em que os benefícios das doses complementares superam os riscos.

Fonte: Galileu

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