Camilo anuncia criação de nova área protegida no Crato

Na tarde desta segunda-feira (28), o Ceará ganhou três novas áreas protegidas. O governador Camilo Santana assinou decreto que oficializou a criação do Parque Estadual do Cânion Cearense do Rio Poti, com uma área de 3.680,55 hectares, em Crateús e Poranga, da Área de Proteção Ambiental (APA) do Boqueirão do Poti, com mais de 63 mil hectares, que abrange os municípios de Ipaporanga, Crateús e Poranga, e a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Riacho da Matinha, localizada no município do Crato. 

Na abertura do evento virtual, transmitido através das redes sociais, Camilo Santana comentou a importância da criação das novas áreas protegidas no Estado, e ressaltou que elas têm potencial para virarem pontos turísticos e de visitação. “Estamos criando essas três novas áreas depois de muito estudo. A APA do Boqueirão do Poti, no qual passa o Rio Poti, um dos principais rios da região, é uma área com relevância enorme da fauna e da flora local. Nosso objetivo é disciplinar a diversidade biológica, assegurando a sustentabilidade dos seus recursos naturais, um local belíssimo, como poucos no mundo”, disse.

“Com a criação das três unidades de conservação (UCs), o Ceará passa a ter 35 UCs estaduais, e até o final desse governo serão 41”, informa Artur Bruno. “As novas UCs são motivos de comemoração, em especial para áreas de Mata Atlântica e Caatinga que a partir de agora ganham mais proteção”, disse.

O Parque Estadual do Cânion Cearense do Rio Poti está inserido em contexto rural e “expõe um ambiente de relevância representada pela presença do trecho de maior beleza cênica do Cânion, além da preservação de sítios arqueológicos de gravuras rupestres e um sítio paleontológico de icnofósseis”. A APA do Boqueirão do Poti, abrange uma área de 63.332,20 ha, sobrepõe a área proposta para o Parque Estadual, em “um ambiente de relevância com a presença fragmentos conservados de vegetação, assegurando o fluxo gênico das espécies habitantes, dos dois lados do Glint da Ibiapaba, preservando nascentes, garantindo recarga hídrica do aquífero, permitindo a perenidade do rio Poti no trecho caracterizado pelo Cânion.”

De acordo com os estudos técnicos da Sema, a maior parte da diversidade biológica revelada, expressa que os fragmentos analisados prestam importantes serviços ecossistêmicos de suporte e regulação em meio a área urbanizada, dentre os quais destacam-se processos ecológicos de ciclagem de nutrientes, ciclagem da água, regulação do microclima local e qualidade do ar, controle da erosão e fertilidade do solo.

Riacho da Matinha
No caso do Riacho da Matinha, localizado na cidade do Crato, de acordo com a Célula de Diversidade Biológica (Cedib), da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/SEMA), a ARIE está “ inserida, em sua integralidade, sob a aplicação da Lei da Mata Atlântica, bem como na Área Prioritária para Conservação da Caatinga CA139 – Chapada do Araripe, com classe de importância biológica, de prioridade de conservação muito alta”.

“Fica praticamente no Parque de Exposição do Crato, que em parceria com a prefeitura fizemos uma reurbanização no local, e agora transformamos em Área de Conservação de relevante interesse ecológico, com espaço para que as pessoas possam fazer caminhada, em 6,94 hectares, e vamos implementar manutenção de serviços ecológicos, ações para suprimir os impactos das pressões antrópicas do entorno”, detalhou o governador.

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