Chuva derruba muro e danifica túmulos no cemitério do Crato

Após as fortes chuvas que atingiram a região do Cariri nas últimas 24 horas, o Cemitério Público Nossa Senhora da Piedade, no município de Crato, foi parcialmente danificado pela força da água. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial do Município (Semadt), cerca de 30 metros do muro do equipamento tombou.

Além disso, parte das covas e caixões foram arrastados pela correnteza que se formou. Na manhã desta sexta-feira (13), coveiros do Município foram deslocados ao local para organizar os materiais danificados, segundo o secretário da Semadt, Brito Júnior.

“Alguns trechos do muro de contenção foram danificados por conta da grande quantidade de água no riacho da Matinha (que percorre o parque de exposições). Um trecho de uns 30 metros do muro externo tombou”, informou o secretário. “Estivemos, hoje, com a Secretaria de Infraestrutura, fazendo medições. Como já estavam programados os trabalhos no muro externo, vamos complementar o projeto com um trabalho emergencial”, complementou. 

Nos últimos 14 meses, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) encaminhou recomendações para, pelo menos, oito municípios cearenses para adequações de seus cemitérios, públicos ou privados.

Fortes chuvas
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), entre as 7 horas desta quinta-feira (12) e 7 horas desta sexta-feira (13), o município registrou 80,2 milímetros de precipitações. As cidades de Abaiara (90 mm), Milagres (85 mm) e Barbalha (78 mm), todas no Cariri, também acumularam chuvas superiores a 70 milímetros. Segundo informações parciais da Funceme, a região registrou uma média de 35,7 mm nas últimas 24 horas.

O município de Icapuí, no litoral cearense, registrou o maior volume de chuvas das últimas 24 horas (220 mm), uma das 15 maiores chuvas da última década no Ceará.

Problema recorrente
O Cemitério Público foi construído há mais de 165 anos e, neste período, chegou a ser ampliado em três ocasiões. Edificado próximo de um riacho,o cemitério já apresentou problemas em decorrência do acúmulo hídrico em anos anteriores. Em 2009, um temporal chegou a arrastar parte de túmulos, caixões e restos mortais do espaço. Segundo a Semadt, o adensamento urbano desviou os cursos de água, o que potencializa o problema.

Diante disso, a Pasta chegou a fazer um trabalho de abertura de áreas na margem de 30 metros e impediu a abertura de novas valas próximas ao rio.

Segundo a Semadt, há um projeto em discussão, junto a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema), para criação de uma Unidade de Conservação dentro do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, que abrangeria a área do equipamento. A Sema garante que está planejando o início das vistorias técnicas. Feito isso, serão estabelecidos critérios e normas para a criação, implantação e gestão da UC.

O processo deve ser encerrado até junho deste ano.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis