Em entrevista, Temer chama impeachment de Dilma de "golpe"

O ex-presidente Michel Temer usou a palavra "golpe" ao se referir ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) numa entrevista concedida nesta segunda-feira (17) ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

“O pessoal dizia 'o Temer é golpista' e que eu teria apoiado o golpe. Diferente disso, eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, afirmou Temer. 

Temer disse ainda que não esperava chegar à presidência por meio de um impeachment e negou que tenha ajudado a prejudicar politicamente Dilma Rousseff.  

“Não imaginava que viraria presidente por essas vias. Reitero que não houve conspiração”, afirmou após ser perguntado por um jornalista se “não havia conspirado nem um pouquinho?”.

Durante a entrevista, Temer afirmou também que, se Lula fosse nomeado ministro da Casa Civil de Dilma em 2015, o impeachment poderia não ter acontecido. “Ele (Lula) tinha bom contato com o Congresso”, reforçou.  A nomeação de Lula foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o então juiz Sergio Moro divulgar uma ligação entre o petista e Dilma.  No telefonema, Lula e Dilma tratavam sobre o termo de posse para o cargo. 

Jair Bolsonaro
Michel Temer também falou sobre o atual presidente Jair Bolsonaro. Temer fez questão de ressaltar que a chegada de Bolsonaro ao poder não tem nenhuma relação com a saída de Dilma, por meio do impeachment.  

“No Brasil, de tempos em tempos as pessoas querem mudar tudo. Foi assim na eleição do Lula. Eu não faço exatamente essa conexão (entre o afastamento de Dilma e ascensão de Bolsonaro”. 

Fonte: Diário do Nordeste

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