52 cirurgias de lábio leporino e fenda palatina são realizadas pela Operação Sorriso em Crato

Um trabalho que beneficia 52 pessoas com cirurgias de lábio leporino e fenda palatina foi realizado de 11 a 14 de outubro, no Hospital São Raimundo, em Crato, para pacientes que passaram por um processo de triagem, realizada entre mais de 120 pessoas, por uma equipe multiprofissional. Para os casos que ficaram de fora nesse momento, há uma perspectiva de retorno da Operação Sorriso, para o próximo ano.

A Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte acompanhou o último processo de seleção dos pacientes aptos a realizarem as cirurgias, no próprio município, auxiliando no processo de encaminhamento dos pacientes, de diversas idades, desde crianças a adultos que conviviam com o problema. As ações são realizadas por meio da Operação Sorriso, uma ong internacional, em parceria com a Marinha do Brasil, a Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial (ABCCMF), Projeto Genoma e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a Prefeitura de Juazeiro do Norte, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio/UNILEÃO e o Hospital São Raimundo e Prefeitura do Crato.

A equipe de profissionais esteve composta por médico, dentistas, cirurgiões, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, anestesistas,  fonoaudiólogos e equipe de apoio, que durante os últimos dias, estiveram acompanhando os pacientes no hospital.

Os casos incluem pacientes de várias cidades da região. Não tem um critério determinante para a escolha, mas com prioridade para as crianças. Quanto mais cedo for feita a cirurgia, melhor será o processo de recuperação e, no caso infância, isso faz uma grande diferença.  

Uma demanda espontânea foi gerada e mais de 120 pessoas passaram pela triagem, sendo 84 selecionadas, passando por outros exames. As que não foram priorizadas nesse momento, ficam dentro de um cadastro, para poderem ser feitas noutro momento.

O trabalho de acompanhamento inicial dos pacientes, que já vêm sendo feito para a cirurgia, foi realizado com a coordenação do cirurgião buco-maxilo, Romildo Bringel, além da grande participação de alunos do Centro Universitário Leão Sampaio (Unileão). Para a equipe da Marinha, esse foi um trabalho essencial, com a triagem há cerca de 90 dias desses pacientes, que já estiveram recebendo os cuidados necessários para a realização da cirurgia corretiva.

O coordenador da equipe, Tenente Daniel Facó, cirurgião buco-maxilo-facial, destaca o grande benefício desse trabalho já que muitos pacientes vivem um isolamento social, em função da ausência de acompanhamento das pessoas acometidas pelas deformidades. Para o cirurgião, a Operação Sorriso tem o objetivo de chegar nas áreas mais necessitadas desse serviço. “É um trabalho que as pessoas fazem não pela recompensa financeira, muito mais para levar esse benefício”, afirma ele.

Os custos para uma cirurgia com maior complexidade podem chegar a até R$ 30 mil. Haverá gasto com acompanhamento também. Vai depender de cada caso, e há as situações mais simples de serem resolvidas. A Marinha presta o apoio para a realização dessa grande missão há cerca de 10 anos, para o apoio logístico, transporte de material, com pessoal de atendimento, entre outras ações.

Da Marinha para os atendimentos foram destinados 11 militares. Dois da área da odontologia, assistente social, quatro marinheiros, além do pessoal de apoio. Os oficiais trouxeram cerca de 1,5 toneladas de materiais e equipamentos para o desenvolvimento dos trabalhos. Também realizam apoio com o transporte de pacientes. Estiveram à frente a Tenente Sara Bezerra, o Tenente Leonardo Matos, cirurgião dentista, além de mais oito praças de apoio.

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