Santana do Cariri (CE): Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens será inaugurado nesta quarta-feira (17)

A Universidade Regional do Cariri (URCA) inaugura, nesta quarta-feira, 17, às 18 horas, o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens – URCA, em Santana do Cariri. Um dos museus mais visitados da região, o espaço homenageia o seu criador, falecido em 2016. Ele foi Reitor da URCA, Professor e Diretor do museu.

Segundo o atual Diretor do museu, Sérgio Vilaça, a média de visitantes atualmente no local é de mais de 9 mil pessoas por ano. Ele destaca a importância do equipamento, voltado para a valorização, divulgação da ciência, salvaguarda e pesquisas na área Paleontologia e que nesse momento traz uma nova configuração do espaço.

Novas exposições, projetos educativos e cursos serão realizados este ano, fortalecendo ainda mais o foco de estudo, trazendo uma diversidade de opções para o Museu, na meta de atrair mais visitantes. “As pessoas sempre terão novidades e a gente pretende fazer duas exposições no ano, para a área do salão de baixo, enfocando a paleoarte, com artistas de todo o Brasil”, afirma. Dentro dessa realidade, a pretensão é realizar, ainda este ano, um colóquio na área.

Abertura de exposições
Durante a solenidade, serão abertas as exposições Fósseis do Cariri, Memorial Plácido Cidade Nuvens, e Fossilis – Olhares sobre a Chapada, integrando a arte à ciência da paleontologia e contando um pouco da história do homem e vivência no seu habitat.

A renovação do museu traz, além da nova forma de expor o acervo, de maneira facilitada ao entendimento do público em geral, as salas com exposições temáticas, a exemplo da história do fundador do museu, Professor Plácido Cidade Nuvens.

Plácido Cidade Nuvens
Plácido Cidade Nuvens cursou Teologia e Ciências Sociais na Faculdade Gregoriana, chegando ao mestrado no primeiro curso e ao doutorado no segundo. Vale ressaltar, também, sua Especialização em Português Superior na Universidade de Lisboa e Jornalismo na PRODEL, em Roma. Este último é responsável pela função que exerceu no Jornal L’ Observatore Romano como redator e revisor da edição portuguesa, tendo também trabalhado na Rádio do Vaticano.

Plácido retorna ao Brasil, após dez anos na Europa, em dezembro de 1973. Em janeiro de 1974 passa a trabalhar na Diocese do Crato, precisamente na Fundação Padre Ibiapina – FPI, dando fundamentação filosófica e teológica a ação de Promoção Humana desenvolvida pela FPI.

No Centro de Estudos, Documentação e Pesquisa – CENDEP, por iniciativa do Professor Plácido, que o livro ‘CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ’, de Patativa do Assaré, foi idealizado e editado em co-edição com a Editora Vozes.

Concomitante ao seu trabalho na FPI, o Professor Plácido integra uma comissão encarregada de criar o Curso de Direito do Crato. A primeira aula deste curso foi por ele pronunciada, como professor concursado para as disciplinas de Sociologia e Introdução à Filosofia. Esse curso, posteriormente, passa a fazer parte da Universidade Regional do Cariri (URCA).

Como prefeito, cria o Museu de Paleontologia e repassa para a URCA
Após dez anos de trabalho na FPI, em 1984, o professor Plácido solicita afastamento e ingressa na política como candidato a Prefeito de Santana do Cariri. Cria o museu de fósseis para, segundo suas palavras, “conter a sangria desatada de fósseis e a depredação de terrenos do patrimônio cultural.” Nessa época os melhores terrenos fossilíferos haviam sido comprados por um norte-americano para a exploração de fósseis. O Prefeito usa o seu poder político e de convencimento que resulta na doação dos terrenos para o museu. Nova preocupação surge, o risco de deixar o museu, oficialmente instituído, ao sabor da política. Resolve doar esse patrimônio a URCA para que fosse cuidado e preservado pela comunidade acadêmica. Assim ele poderia se expandir e projetar-se a serviço da cultura e da ciência.

Hoje o Museu de fósseis da URCA, desde a gestão do Prefeito Plácido, tem projeção internacional e conta com um significativo número de visitantes nacionais e internacionais. Tem recebido, com freqüência, a visita de cientistas e demais estudiosos da área de paleontologia, conforme é possível verificar no livro de registro de visitantes especiais.

Assessoria de Imprensa/URCA

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