Lasanha de cavalo, ovo falso e outros casos de fraude alimentícia

1. O ovo que não é ovo
Os falsificadores chineses se superaram em 2013, quando aprenderam a falsificar um dos alimentos mais simples e baratos que existem: o ovo. O caso ganhou o mundo em 2012, quando uma moradora da cidade de Luoyang, na província de Henan, viu uma van vendendo ovos a um preço muito barato. Aproveitando o desconto, ela comprou 2 quilos de ovo. Tudo falso. Na verdade, era uma mistura de produtos químicos (alginato de sódio, resina, amido, coagulante e pigmentos), com aromatizante artificial. A casca do ovo era feita com uma mistura de parafina derretida e gesso. Visualmente, fica perfeito – e os falsários vendiam 40% mais barato que os ovos tradicionais. Mas, se ingerido, pode ser altamente tóxico (chegando a causar danos neurológicos).

2. Chorando pelo leite adulterado
O primeiro caso foi registrado na década de 1850, quando os produtores de Nova York começaram a misturar ovos, farinha e açúcar ao leite para disfarçar que ele estava estragado (ou, pior ainda, continha pus, proveniente de doenças nas vacas). Estima-se que mais de 8 mil crianças tenham morrido, em 1857, por causa desse leite adulterado. Hoje em dia, o problema se concentra na Índia, que é a maior produtora mundial de leite. Numa inspeção feita em Nova Déli, em 2012, a polícia encontrou centenas de galões de leite falsificado: uma mistura de água, ureia, soda cáustica, óleo de cozinha, detergente e um pouquinho de leite em pó. Para fazer um litro do leite falso, os produtores gastam 5 rúpias (cerca de R$ 0,25). Depois, vendem o produto por 30 rúpias (R$ 1,50), cerca de 25% mais barato que o leite normal.

3. Jamón hecho en China
Em 2008, uma comitiva de empresários chineses visitou a Espanha para conhecer a produção do jamón serrano, um presunto curado que está entre os principais produtos culinários da Espanha. Diziam que queriam importar o jamón, mas não assinaram nada – e, alguns meses depois, lançaram uma versão made in china do embutido. Copiaram o processo de produção, só que usando carne de porco comum, curada por 1/3 do tempo, e colocaram no mercado europeu como se fosse jamón. Também há casos de falsificação do presunto pata negra, outra especialidade espanhola, que chega a custar R$ 800 o quilo. Os falsários chineses pegam uma pata de porco comum, pintam as unhas de preto, e vendem como se fosse de verdade – com direito a um falso selo de autenticidade.  

4. Lasanha de cavalo
Em 2013, autoridades inglesas descobriram carne de cavalo em produtos que supostamente eram feitos com carne bovina. Os hambúrgueres vendidos na rede de supermercados Tesco, uma das maiores do país, tinham 29% de carne de cavalo. Também havia DNA equino na lasanha congelada – e um espaguete à bolonhesa congelado, da marca francesa Comigel, tinha 100% de carne de cavalo no molho. Após uma extensa investigação, descobriu-se que o esquema teve origem no próprio Reino Unido: cavalos, muitos deles doentes e vítimas de maus tratos, eram levados da Irlanda para a Escócia e para a Inglaterra, abatidos e depois tinham suas carcaças enviadas para a Holanda, onde a carne era procesasada e distribuída para as fábricas.

Fonte: Exame.com

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