Seis entre dez brasileiros são contra a PEC do Teto, revela Datafolha

A maioria dos brasileiros é contra a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, mostra pesquisa Datafolha.

Segundo o instituto, que entrevistou 2.828 pessoas em 7 e 8 de dezembro, 60% dos brasileiros são contra a aprovação da emenda, que deve ser votada em segundo turno nesta terça (13) no Senado.

A PEC tem apoio de 24% da população e a indiferença de 4%. Os outros 19% afirmaram não saber como responder.

De acordo com 62% dos brasileiros, a emenda trará mais prejuízos do que benefícios, contra 19% que pensam o contrário.

Apesar da rejeição à PEC, 53% afirmaram que os recursos públicos existentes hoje são suficientes, mas são mal aplicados, enquanto para 36% eles são, além de mal utilizados, insuficientes.

A desaprovação à emenda que congela os gastos é maior entre os mais jovens –de 16 a 24 anos, 65% são contra a medida, ao passo que 47% dos maiores de 60 não querem sua aprovação.

O repúdio também é maior entre os mais escolarizados. Entre os que têm ensino superior, 68% a rejeitam, contra 51% daqueles que possuem só ensino fundamental.

Apesar disso, as maiores rejeições estão entre as menores faixas de renda: 60% para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.670) e 62% para quem ganha entre dois e cinco salários mínimos (até R$ 4.400).

Entre os mais ricos, com mais de cinco salários mínimos (a partir de R$ 5.280), é maior a aprovação à PEC —35%, contra 20% da população com até dois salários.

Quando questionados a respeito de áreas específicas, 50% afirmaram acreditar que a saúde e a segurança devem piorar caso a PEC seja aprovada, 51% acham que a educação sofrerá com a aprovação e 47% que o transporte público e saneamento também.

A emenda constitucional, um dos principais itens da agenda econômica de Michel Temer, prevê o congelamento dos gastos do governo por 20 anos, a partir de 2017. A correção dos valores seria feita apenas pela inflação.

Para os defensores, ela impedirá a explosão dos gastos públicos, condição fundamental para a retomada do crescimento econômico. Opositores argumentam que despesas sociais, sobretudo em educação e saúde, ficarão achatadas.

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis