Quixeramobim (CE): População protesta contra aumento de salário dos vereadores em mais de 30%

Cerca de 400 moradores de Quixeramobim compareceram, nesta quarta-feira (5), no Plenário da Câmara Municipal, para protestar contra o aumento de 33,4% no salário dos vereadores, aprovado em votação pelos próprios parlamentares durante sessão no último dia 28, como informou na reportagem da Rede Jangadeiro FM.

O encontro no auditório da Câmara Municipal de Quixeramobim aconteceu após os vereadores votarem no projeto que aumenta o salário da categoria, onde cada parlamentar, que ganha R$ 6 mil por mês, passaria a receber R$ 8 mil. Já para o presidente da Câmara, Everardo André de Sousa Júnior (PSD), o salário passaria de R$ 8 mil para R$ 10 mil.

Quixeramobim possui 15 vereadores, mas no dia da votação, Clébio Pavone (SD), que foi eleito prefeito no último domingo (2) com mais de 24 mil votos, e Rômulo Filho (SPB), que concorreu à eleição como vice pela chapa de Thomaz Holanda (PMDB), não estiveram presentes, por conta da campanha eleitoral.

11 votos foram a favor do aumento do salário e apenas dois contra. Com o resultado, caso fosse aprovado, a Câmara Municipal passaria a gastar, a partir do dia 1º de janeiro de 2017, R$ 120 mil por com os 15 vereadores.

Com essa possibilidade de aumento, os eleitores foram as ruas protestar. Wildon Silva, um dos organizadores do movimento, afirma que o protesto aconteceu durante a realização da 1ª Sessão Ordinária, onde seria decidido o resultado da votação do projeto. Com cartazes com frases de ordem, a população cobrou a revogação do aumento do salário dos parlamentares.

“Convidamos a população de Quixeramobim a vir se manifestar contra isso. Um absurdo. E já garantiram que vão voltar atrás e baixar”, afirmou. O vereador e prefeito eleito de Quixeramobim, Clebio Pavone, apoiou a decisão.

Por telefone, a assessoria jurídica da Câmara Municipal de Quixeramobim afirmou que atualmente os vereadores ganham R$ 6 mil por mês, e o órgão oferece ainda dois assessores para cada parlamentar.

Cada funcionário recebe o valor de R$ 880, o que equivale a um salário mínimo, além dos benefícios trabalhistas, como férias, 13ª salário, e FGTS. Como os custos mensais estão altos para a Câmara, segundo a Assessoria, a alternativa foi aumentar o salário dos vereadores e extinguir 28 cargos de assessores.

Mas por conta das manifestações e repercussão na cidade, o presidente da Câmara, Everardo Júnior, decidiu revogar a decisão, mesmo o ato não sendo considerado ilegal, de acordo com a assessoria.

Fonte: Tribuna do Ceará

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