Ceará vacinou 92% do rebanho contra a aftosa

Em decorrência do agravamento da seca no sertão e das dificuldades enfrentadas pelos criadores havia o temor de alguns setores do governo de que a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, realizada em maio passado, não atingisse a meta definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é de 90%. Entretanto, o Estado conseguiu imunizar 92% do rebanho. O índice obtido deixa o Ceará como zona livre de aftosa com vacinação.

Os números oficiais foram divulgados ontem pela Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri). "Atingimos um índice além da meta com ações em todos os municípios cearenses", comemorou o presidente da Adagri, Augusto Júnior. De 2,5 mi de bovinos, em 143 mil propriedades rurais, 92% foram imunizados. "Esses números são resultados de um esforço coletivo das instituições parceiras e da adesão dos produtores rurais, que estão fazendo o dever de casa", completou Júnior.

A expectativa do Ceará é obter autorização do Mapa para que a segunda campanha de vacinação contra aftosa ocorra apenas em animais de até dois anos de idade. No ano passado, o governo do Estado já encaminhou solicitação nesse sentido. "O nosso objetivo é vacinar na primeira campanha, em maio, 100% dos animais, e na segunda, em novembro, apenas os animais com até dois anos de idade. Estamos aguardando uma resposta do Ministério", disse o coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Joaquim Sampaio.

Além da Adagri, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), prefeituras, Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) estiveram no esforço coletivo. Há algumas regiões nas quais os índices ficaram inferiores a 85% e o governo vai intensificar a mobilização para manter sempre um percentual acima da meta estabelecida pelo Mapa.

Quem não vacinou o rebanho será identificado pelo sistema da Adagri e receberá a visita de um fiscal estadual agropecuário, que fará a autuação e aplicará a multa, correspondente a R$ 17, por animal não vacinado. Somente mediante esse pagamento os criadores receberão autorização para compra da vacina. Além disso, há o impedimento para obtenção da Guia de Trânsito Animal (GTA).

"É importante essa ação rigorosa para garantir a abertura das nossas fronteiras e manter a comercialização dos nossos produtos de origem animal com outros Estados e países", justificou Augusto Júnior.

O titular da Seapa, Osmar Baquit, espera ampliar o índice de vacinação na próxima etapa da campanha, em novembro, até o Ceará alcançar o status de Zona de Livre Aftosa sem Vacinação.

O presidente da Ematerce, Antônio Rodrigues Amorim, enfatizou a importância da conscientização do produtor e o trabalho dos técnicos da empresa em favor da agropecuária.

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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