Irmãos mais novos são bons para a saúde dos mais velhos, diz estudo

Nem sempre uma criança recebe bem a notícia que vai ganhar um irmãozinho. Aliás, essa rivalidade entre irmãos pode durar a vida inteira. Mas uma nova pesquisa, publicada na revista Pediatrics, constatou que ter um irmão ou irmã pode reduzir o risco de obesidade das crianças.

Pesquisadores da Universidade de Michigan analisaram o IMC e os dados familiares de cerca de 700 crianças em todos os EUA. As crianças que tinham somente irmãos mais velhos, e não tinham irmãos mais novos, tinham quase três vezes mais probabilidades de serem obesas que os seus homólogos com irmãos mais novos. As crianças que se tornaram irmãos mais velhos, entre as idades de dois e quatro anos, eram particularmente propensas a ter um IMC saudável.

“A pesquisa sugere que ter irmãos mais novos – em comparação com ter irmãos mais velhos ou não ter irmãos – está associada a um menor risco de excesso de peso. O autor do estudo destaca, no entanto, que é preciso mais informação sobre como o nascimento de um irmão pode moldar o risco de obesidade durante a infância”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.

Os autores do estudo levantaram a hipótese de que os pais podem ajustar a forma como eles alimentam seus filhos quando um novo filho nasce. Uma pesquisa anterior já havia apontado que as crianças desenvolvem hábitos alimentares duradouros em uma idade precoce, e a maneira como elas comem depois de um irmão nascer pode ter um efeito sobre o peso corporal. Outro fator se deve à diminuição do sedentarismo, pois as crianças se tornam mais ativas quando um bebê entra em cena.

“Os pesquisadores esperam que o estudo lance luz sobre os comportamentos que os pais podem modificar para criar condições de criar filhos saudáveis. As taxas de obesidade infantil continuam a ser uma grande causa de preocupação. Se o nascimento de um irmão muda comportamentos dentro de uma família, de forma a prevenir a obesidade, estes padrões devem ser estudados e repassados para outras famílias, para que elas possam criar filhos saudáveis em suas próprias casas”, defende o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Fonte: Vírgula

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