Crato (CE): Tensão na chegada à Delegacia do mototaxista acusado de matar guarda municipal

Um clima tenso marcou a chegada do mototaxista Cícero Francisco Cardoso dos Santos, o “Cicinho”, por volta das 15h30min desta quarta-feira à  Delegacia Regional de Polícia Civil de Crato. Ele foi recambiado desde Açailândia (MA), onde terminou preso segunda-feira (18) para responder pelo assassinato do Guarda Municipal Francisco Alexandre da Silva, de 36 anos, o GM Alexandre. Muitos familiares da vítima, guardas municipais e mototaxistas o aguardavam em frente à Delegacia.

Antes de retirá-lo da viatura, inspetores dirigiram um apelo pedindo a calma a todos o que não serviu para conter o impulso de uma mulher que ainda tentou agredir o acusado. Já os guardas responderam ao apelo da polícia assegurando que ali estavam apenas para olhar nos olhos do mototaxista e este ver que os colegas estão juntos e ter noção da “besteira que fez”. Os policiais deixaram Açailandia pela madrugada e a viagem durou pouco mais de 10 horas vinco pelo Piaui e adentrando o Ceará por Campos Sales.

Mesmo tendo desaparecido de Crato, “Cicinho Mototaxi” negou a prática do crime ocorrido na manhã do último dia 19 de setembro na Rua José Carvalho no centro da cidade. Entretanto, a polícia tem conhecimento de uma discussão entre vítima e acusado na rodoviária de Crato quando “Cicinho” aguardava um passageiro em local proibido e a guarda ali presente pediu para o mesmo sair na moto. Além disso, o Delegado Giuliano Vieira revelou ter imagens da área no dia do homicídio e depoimentos que o incriminam.

O acusado chegou cabisbaixo esta tarde à Delegacia e não escondia o medo diante do grande  número de populares ali presentes. Ele evitou contato com a Imprensa antes de ser apresentado ao Doutor Giuliano. Depois, será recambiado para a Cadeia Pública de Crato, onde aguardará um pronunciamento da Justiça. O GM Alexandre morava na Rua Amorim Sobreira, 106 no Conjunto Novo Crato e, nas horas de folga, trabalhava como mototaxista. O mesmo foi baleado nas nádegas, abdômen e tórax morrendo cerca de cinco horas depois.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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