O subtenente Benedito Gomes Assunção, lotado na Cavalaria da cidade do Crato, na região do Cariri, foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira, no bairro São José. Ele tinha 53 anos de idade e três décadas de corporação, tendo ingressado na PM do Ceará em 15 de julho de 1985. Assunção foi um dos responsáveis pela fundação da Cavalaria em Crato.
A hipótese inicial é de que o crime tenha sido motivado por uma desavença no trânsito inciada em frente a residência do PM. Após a suposta discussão, dois homens seguiram o subtenente e efetuaram vários disparos. A vítima foi atingida e morreu no local, antes mesmo de receber atendimento médico.
A dupla foi presa por policiais da Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (Raio) enquanto tentava fugir em direção a cidade de Barbalha. Os irmãos Francisco Valdemar Nogueira da Cruz, de 32 anos, e Antônio Nogueira da Cruz, de 26, foram detidos com a arma utilizada no crime, um revólver calibre 38 com seis munições deflagradas, dentre as quais cinco eram calibre 38. Eles foram conduzidos à Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro do Norte e confessaram o assassinato. Este foi o 5º homicídio do ano em Juazeiro.
Caso a motivação do crime seja confirmada, este será o segundo homicídio em duas semanas envolvendo discussão no trânsito, em Juazeiro. No último dia 05, o auxiliar de escritório Júnior de Lima, de 30 anos, foi assassinado com um tiro após uma briga de trânsito. As caracteristicas de ambos os crimes se assemelham. Assim como no assassinato de hoje, o acusado teria perseguido Júnior até o bairro Santo Antônio, onde teria efetuado um disparo fatal contra Júnior.
Segundo PM Morto
O subtenente Assunção é o segundo Policial Militar morto no Ceará em 2016. Em 07 de janeiro, o Soldado Hudson Danilo de Oliveira, 26 anos, foi baleado em uma troca de tiros com assaltantes, na zona rural do município de Jaguaretama. Ele chegou a ser socorrido ao Instituto Doutor José Frota, em Fortaleza, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.
Em 2015, 14 policiais foram assassinados no Ceará, dois civis e 12 militares. Dos 14 casos, 11 ocorreram em Fortaleza. Os demais foram registrados em Barbalha, Caucaia e Russas.
ANDRÉ COSTA
COLABORADOR
Fonte: Diário do Nordeste
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