Espedito Seleiro será homenageado no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro


Ele é um dos artesãos mais conhecidos do estado. Consagrado pelo seu detalhado trabalho em couro, Mestre Espedito Seleiro, que, ainda hoje, mora em Nova Olinda, Região do Cariri, Sul do Ceará, é artesão desde que se entende por gente. Mas, esse nome conhecido nacionalmente ganhou ainda mais notoriedade graças à Coleção Cangaço, desenvolvida em parceria com os irmãos Fernando e Umberto Campana, nomes importantes na decoração e design mundial.

Ele chegou às lojas internacionais de decoração depois de ter transitado pelo mundo da moda, com suas peças sendo exibidas na São Paulo Fashion Week, a partir de uma coleção de bolsas e sapatos desenvolvida para a grife Cavalera. Agora, ele começa 2016 com uma nova homenagem prevista para acontecer em março de 2016, na inauguração do Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, no Rio de Janeiro.

Representando um caso de sucesso empreendedor na área do artesanato,  ele se tornou um artista que transita em várias áreas: calçados, adereços de vestuário, objetos decorativos e móveis, e tem uma parceria antiga com o Sebrae Ceará, instituição com o qual realizou, por exemplo, Oficina de design do projeto Brasil Original, em 2014; consultoria no registro da obra do mestre, apoio na participação de eventos nacionais de artesanato como a Fenearte (Recife/PE) e a Expocrato (Crato/CE), bem como na rodada de negócios de Juazeiro do Norte (Cariri), e nas rodadas internacionais realizadas em Maceió, Fortaleza e Natal.

Desde criança
A intimidade com selas, chicotes, chapéus e botinas vem desde a primeira infância. Já aos oito anos, ele começou a fazer apetrechos de vaqueiro, seguindo a tradição familiar. Com o passar dos anos, a habilidade crescia na mesma proporção em que a clientela para esses produtos típicos diminuía. Foi aí que ele decidiu ampliar o seu público criando e foi buscar inspiração em Maria Bonita e Lampião e, também, em gente como Luiz Gonzaga.

E foi a partir desse trabalho que ele, em uma iniciativa inédita e contando somente com apoio da Fundação Casa Grande de Nova Olinda, fundou, em 2014, o Museu do Couro, que conta a história do “ciclo do couro” na região do Cariri. Hoje, tem uma equipe de 12 pessoas, entre eles, seis filhos, irmão, sobrinho e até vizinho, para dar conta de tanta encomenda. “O pai do meu pai passou os ensinamentos pra ele, ele passou pra mim, eu passo pros meus filhos. E, assim, até o mundo se acabar,” prevê.

Fonte: Diário do Nordeste

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