4 hábitos de crédito que parecem bons, mas não são

Ao usar o cartão de crédito, você sempre paga a fatura na data de vencimento e divide o valor de cada aquisição em poucas parcelas? Ainda que não pareça, esses hábitos podem prejudicar suas finanças caso você não faça algumas ponderações.

Mesmo que a fatura seja paga em dia, não é recomendável, por exemplo, comprometer uma fatia importante do orçamento com o cartão de crédito. Ao fazer isso, o risco de perder o controle dos pagamentos diante de despesas imprevistas é grande.

Conheça a seguir quatro hábitos relacionados ao uso do cartão de crédito que parecem saudáveis, mas, na verdade, podem não ser:

1) Você paga a fatura em dia, mas o valor é muito alto
Ao usar o cartão de crédito você só tem uma maneira de não perder (muito) dinheiro: pagando a fatura na data de vencimento. Caso consiga somente pagar apenas uma parte da fatura e deixar o resto para o próximo mês, você irá utilizar o chamado crédito rotativo. Essa modalidade de crédito pode te levar a pagar juros altíssimos, que facilmente ultrapassam a taxa de 10% ao mês (veja o que acontece quando você faz o pagamento mínimo do cartão).

O problema é quando uma porção significativa do orçamento é comprometida mensalmente com o meio de pagamento. Pagar uma fatura que corresponda a 50% dos gastos mensais é algo arriscado. Qualquer despesa imprevista pode fazer com que seja necessário postergar esse pagamento.

Nesse caso, não haverá como escapar dos altos juros cobrados na modalidade de crédito, a não ser que a dívida seja transferida para uma modalidade de crédito mais barata, como o crédito consignado.

Especialistas recomendam que o cartão de crédito seja utilizado apenas para compras emergenciais e com parcimônia, e não como um meio de antecipar gastos que poderão ser pagos apenas no próximo mês.

2) O cartão é usado não apenas para parcelar compras mais caras, mas também gastos supérfluos
Especialistas são praticamente unânimes em dizer que o cartão de crédito deve ser utilizado apenas para parcelar compras de maior valor. Dessa forma, o risco de descontrole financeiro diminui.

O mais indicado é que o meio de pagamento seja utilizado para a compra de bens realmente necessários e bastante utilizados no dia a dia, como eletrodomésticos, e nos casos em que a aquisição não pode ser adiada.

Isso porque, para gastos que não são essenciais ou emergenciais, e também os de menor valor, é sempre preferível economizar o valor da compra e pedir descontos no pagamento à vista, principalmente se houver o risco de que o parcelamento do bem no cartão comprometa o orçamento no futuro.

Também não é recomendável pagar no crédito despesas recorrentes, como as compras de supermercado. Como esse é um tipo de despesa pago mensalmente, ao colocar as compras no crédito é como se você empurrasse o pagamento sempre para frente, criando uma bola de neve.

Alguns consultores dizem, por exemplo, que nem mesmo viagens devem ser parceladas, tanto porque os valores gastos no exterior são convertidos em reais pela cotação do dia em que a fatura é fechada – e o câmbio pode ser desfavorável, além de imprevisível -, quanto pelo fato de que pode ser desanimador continuar pagando por meses a fio algo que você aproveitou lá atrás e já nem lembra mais (veja quais são os bons e maus parcelamentos).

3) As compras são parceladas em poucas vezes, mas sem planejamento
Uma das formas de reduzir o risco de descontrole das finanças é parcelar as compras no cartão de crédito em poucas vezes. Mas essa regra não vale para todos os casos.

No caso de aquisições de maior valor, é preferível dividir a compra em prazos mais longos e arcar com prestações que cabem no bolso, a comprometer uma grande fatia do orçamento com prestações que você pode não conseguir encarar.

Nesses casos, o parcelamento deve ser planejado e acompanhado de perto, de modo que novas compras não se sobreponham a esses gastos e acabem engordando a fatura, deixando pouco espaço para o pagamento de gastos essenciais e imprevistos.

4) Você usa o cartão de crédito apenas para emergências, mas fica sem dinheiro no final do mês
O mais indicado é que o cartão de crédito seja utilizado apenas no caso de emergências e quando não houver uma reserva financeira que seja capaz de cobrir alguma despesa adicional. Mas de nada adianta evitar a todo custo os parcelamentos e acabar usando o cheque especial porque o orçamento está apertado.

Se usado com planejamento, o cartão de crédito pode ser um aliado e pode, sim, ajudar a equilibrar as finanças durante determinado período. Basta não perder de vista os pagamentos futuros e suspender o uso da modalidade de crédito assim que houver uma folga no orçamento.

Fonte: Exame.com

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