Venezuela será a pior economia do mundo em 2015, segundo FMI

A Venezuela verá sua economia encolher mais do que a de qualquer outro país no mundo neste ano porque os preços mais baixos do petróleo estão drenando as arcas do governo, segundo o FMI.

“A projeção é de que a Venezuela irá enfrentar uma profunda recessão em 2015 e 2016”, disse o FMI na terça-feira em sua Perspectiva Econômica Mundial.

O PIB real do país provavelmente irá se contrair 10 por cento neste ano e 6 por cento em 2016, disse.

A resposta programática do presidente Nicolás Maduro à crise econômica continua paralisada antes das eleições parlamentares marcadas para 6 de dezembro. O bolívar caiu para 792 por dólar no mercado negro, enquanto que a taxa oficial permanece em 6,3.

O governo também tem mantido fixos os preços dos alimentos básicos, apesar de a oferta estar se esgotando em muitas lojas e de os preços de outros bens estarem aumentando.

A inflação na Venezuela, que já é a mais rápida no mundo, será em média de 159 por cento em 2015 e aumentará para 204 por cento no ano que vem, disse o FMI.

Alguns países onde são esperadas contrações econômicas neste ano, enquanto a economia mundial se expande 3,1 por cento, são a Grécia (-2,3 por cento), o Brasil (-3,0 por cento), a Rússia (-3,8 por cento) e a Ucrânia (-9,0 por cento), segundo o FMI.

“O crescimento mundial continua sendo moderado”, disse o FMI. “Embora choques e desenvolvimentos específicos de certos países tenham seu peso”.

O montante que a Venezuela recebe por suas exportações de petróleo, que respondem por cerca de 95 por cento de sua receita em moeda estrangeira, caiu 52 por cento nos últimos doze meses, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O Barclays Plc caracterizou os problemas econômicos da Venezuela como a “crise econômica mais profunda de sua história” em uma nota para clientes em 25 de setembro.

“É impossível entender por que o governo não está reagindo a essa realidade, por que ele não tomou medidas para aliviar as distorções econômicas que estão destruindo a renda real dos venezuelanos”, disse o Barclays.

Fonte: Exame.com

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