Novo ministro da Saúde quer ampliar taxação da CPMF

O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, quer dobrar a arrecadação da CPMF sem aumentar a alíquota de 0,2% proposta pelo governo. Ele propõe que o imposto incida não só sobre as operações de débito, mas também de crédito. E para conquistar apoios no Congresso, a receita seria dividida com estados e municípios.

Didático, ele explicou sua proposta logo após ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo, nesta sexta-feira:

— João dá um cheque a Pedro de R$ 1000. Com 0,2% corresponde a R$ 2. Então saem da conta de João R$ 1002 reais - R$ 1000 do cheque e R$ 2 da CPMF. Entram na conta de Pedro R$ 998 reais: R$ 1000 do cheque com desconto de R$ 2 da CPMF. João continua pagando R$ 2 e Pedro, que não pagava nada, passa a pagar R$ 2. Ninguém se incomoda porque a alíquota continua baixa e o governo arrecada o dobro.

Ainda de acordo com o novo ministro da Saúde, metade dos recursos ficariam com o governo federal e a outra metade seria dividida entre estados e municípios para ser aplicada na seguridade social.

— A saúde tem basicamente dois grandes problemas: subfinanciamento e problemas de gestão — afirmou Castro.

Ele disse que já expôs sua proposta de mudança na CPMF para a presidente Dilma e os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Ricardo Berzoini (Governo) e Aloizio Mercadante (Educação).

Há, no entanto, grande resistência no Congresso para aprovar um novo imposto.

— Esperamos que o PMDB e todos os partidos que querem salvar a Saúde, que é o principal problema do Brasil, apoiem.

Fonte: O Globo

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