Na manhã de ontem, 27, a possibilidade de denunciar agressores de mulheres ficou mais fácil para os moradores do distrito de Ponta da Serra, zona rural do Crato. A Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres ficou estacionada em frente ao CRAS Polo, oferecendo todo o suporte para as vítimas. A programação trouxe ainda, palestras e realização de exames com teste de HIV e outras DSTs, teste de glicemia e aferição de pressão arterial. Para isso, a ação contou com a parceria da Secretaria de Saúde e Laboratório Vicente Lemos, que sorteou 20 mulheres para realizarem uma citologia, conhecida como Papa Nicolau, de forma gratuita.
O Centro de Referência da Mulher do Crato esteve presente com toda a equipe técnica referenciando a ação. A coordenadora do equipamento, Ivoneide Antunes, disse que a oportunidade de levar os atendimentos a essas mulheres que residem nos distritos é muito válida e a expectativa é que o serviço chegue a todas as mulheres rurais vítimas de violência. O momento contou ainda com uma mesa redonda, onde estiveram presentes, a Secretária Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social, Elisangela Rodrigues, a Delegada titular da Delegacia da Mulher do Crato, Camila Brito, representantes da FETRAECE, Secretaria de Saúde, Coordenadoria de Política para Mulheres e Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato. Representantes do sindicato ressaltaram que o momento é fruto de uma luta conquistada na Marcha das Margaridas.
O público-alvo das palestras foram mulheres da comunidade, mas também estudantes com faixa etária entre 14 e 17 anos. Elisangela Rodrigues ressaltou a importância da mensagem ser transmitida aos adolescentes. “É para os jovens que precisamos disseminar uma política pacificadora e a temática de violência contra a mulher precisa cada vez mais ser trabalhada cedo. Nós que estamos na linha de frente de governo, sociedade civil, fiscalização e implementação de políticas públicas, confiamos que os jovens terão uma geração melhor do que a nossa, pois se trata de uma geração mais informada que busca mais conhecimento através das mídias sociais, da tecnologia e principalmente do diálogo”, opinou a secretária.
A delegada Camila Brito trouxe em seu discurso os diferentes tipos de violência que assolam a sociedade, dando mais ênfase às agressões físicas e psicológicas. Camila explicou ainda a funcionalidade da Lei Maria da Penha, criada para proteger as vítimas de violência doméstica. “As pessoas me perguntam se a lei 11.340/2006 se aplica para homens violentados. A Lei Maria da Penha é aplicada exclusivamente para a vítima mulher. O homem deve procurar o código penal, procurem as delegacias regionais”, explicou a autoridade. O próximo distrito a receber os serviços da Unidade Móvel é Santa Fé, na próxima quinta-feira, 29.
Assessoria de Imprensa/PMC
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