Cena de UFC: Desequilibrado, Ronaldo Caiado parte pra cima de Ministro de Estado; veja o vídeo

Na Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, o ministro de Minas e Energia, senador licenciado Eduardo Braga, e o líder do DEM na Casa, senador Ronaldo Caiado (GO), protagonizaram um duro bate-boca, com gritos e xingamentos como “bandido” e “safado”. Braga rebateu na mesma moeda e disse que Caiado era “desequilibrado” e “mau caráter”. Para surpresa de todos, Caiado se alterou quando não gostou da atitude do ministro diante de sua pergunta sobre o processo de venda da CELG (Centrais Elétricas de Goiás). O senador se levantou e disse que não faria mais perguntas e encerrou com um “passar bem”. Ao passar pela mesa de autoridades, onde Braga estava sentado, Caiado reclamou da atitude de Braga e começou o bate-boca.

Braga o chamou de “desequilibrado” por três vezes e começou o bate-boca. Caiado foi em direção a Braga de dedo em riste. O ministro não se levantou, mas também ficou de dedo em riste. Ambos ficaram aos gritos.

— Se acha que não deve responder, não responde — disse Caiado.

— Vim aqui para debater clima — rebateu Braga, com uma expressão de enfado.

— O que não aceito é desrespeito, como se aqui fosse falando com qualquer um. Vossa Excelência me respeite! Tem intenção toda de negociar a CELG. Não vou fazer mais perguntas. Passe bem — emendou Caiado.

Caiado passou pela Mesa, reclama da atitude de Braga e chega a chamá-lo para “ir lá fora”.

Em seguida, Braga provoca, afirmando que ele deveria ficar “calmo”:

— Vossa Excelência é um desequilibrado, desequilibrado, desequilibrado. Não comece por quê? — diz Braga.

— Bandido! Safado! — disse Caiado.

— Respeite-me, respeite-me! Vossa Excelência é que é bandido. Safado é Vossa Excelência! — retrucou Braga.


Assustados, o presidente da Comissão, senador Fernando Bezerra (PSB-PE), e o senador Garibaldi Alves (PMDB-PB), que estavam ao lado de Braga, se levantaram tentaram conter Caiado, que estava de dedo em riste. Caiado acabou deixando a Comissão.

Mais tarde, já sem a presença de Caiado, Braga voltou a mencionar o incidente.

— No campo jurídico, se fosse senador, representaria contra o senador mau caráter (Caiado) na Comissão de Ética. Senador mau caráter, que agiu aqui de forma intencional para agredir e para denegrir, sem nenhuma justificativa, uma autoridade pública que vem aqui para cumprir o seu dever constitucional — disse Braga, afirmando que foi a atitude foi “lamentável” e desproporcional.

A Comissão aprovou um requerimento para enviar cópia das notas taquigráficas e um vídeo da sessão. A audiência não era para tratar dos desafios do setor energético. Ao final, Bezerra tentou acabar com o mal-estar, sugerindo a Caiado, que havia retornado à Comissão — que ele retirasse as ofensas e pedisse desculpas.

— Será a decisão da Comissão de pedir à Mesa providências. Ministro, nossa irrestrita solidariedade. Faço a proposta de o senhor retirar as expressões ofensivas e ele aceitará um pedido de escusas. Foram ofensas testemunhadas por todos — disse Bezerra.

Caiado explicou que tinha ido à Comissão por sugestão da assessora de Braga, que foi procurá-lo para dizer que ele poderia fazer os questionamentos sobre a Celg. Ele disse que chegou com respeito, mas que o ministro reagiu com desdém, reclamando que Braga estava olhando a internet no momento da pergunta e cochichando com Bezerra.

— Comigo as coisas são tratadas com muito respeito. Mas, ao formular suas perguntas, é a maneira que a fita vai mostrar (de desdém), do total desrespeito. Como se dissesse: ah, esse chato deve estar aqui para falar desse assunto (Celg) —disse Caiado, não recuando: — Se quiser se retratar do desequilibrado, vou me retratar do restante. Mas não teve uma vírgula, não teve nenhuma palavra que desafiasse eticamente ou o decoro parlamentar enquanto estive sentado aqui (antes de se levantar e haver o bate-boca).

O senador Garibaldi, então, rebateu Caiado.

— Seu comportamento foi deplorável. Não há termo de comparação entre o que o senhor disse e o que o ministro disse. Vossa Excelência foi inteiramente aético e partiu para a agressão física — disse Garibaldi.

Bezerra disse que mantém a decisão de encaminhar o caso à Mesa Diretora do Senado para conhecimento.

Fonte: O Globo 

Curta nossa página no Facebook



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis