O índice de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) no Ceará cresceu 13,5% no mês de agosto, em relação ao mesmo período de 2014. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), o Ceará teve em agosto 356 CVLI, contra 308 no mesmo período em 2015.
A SSPDS também registrou aumento na Região Metropolitana de Fortaleza (3,4%) e no interior Norte (25,5%) e Sul (24,2%). Em Fortaleza foram registradas 160 ocorrências em agosto de 2015, 19 a mais do que o registrado em agosto de 2014 (141).
Apesar do aumento no mês de agosto, o total do número de crimes com o perfil CVLI em todo o ano de 2015 soma 2.634 no Ceará, número inferior ao registrado em 2014, quando o estado contabilizou 2.963, uma diferença de 11%.
Meta de 6% mantida
Sobre o índice de agosto de 2015, a governadora em exercício do Ceará, Izolda Cela, assegurou que a meta de 6% proposta inicialmente pelo Governo do Ceará no início de 2015 será mantida.
"A meta segue a mesma, de atingir os 6%. Como meta estipulada, claro, todos trabalham por mais, muito mais. Inclusive tivemos redução importante de certa forma atípicas para quando a gente compara com realidades, casos de países que têm um êxito nessa redução. A perda neste mês de agosto apresenta uma interrupção do projeto. Foi algo não desejável. E apesar disso a meta continua a mesma de 6%", disse.
O secretário da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), Delci Teixeira, disse que o aumento se deve pelas ocorrências graves que ocorreu no período de agosto como chacinas, fugas e briga em cadeias e presídios. Além das manifestações contra o governo e determinações judiciais como desocupação de áreas invadidas.
"Tivemos neste mês 14 eventos, ocorrências em que vários homicídios aconteceram e nos deu um acréscimo de 36 homicídios. Tivemos também a polícia mobilizada em diversos eventos. Neste caso a policia não estava na rua fazendo o seu patrulhamento. Estava em outros eventos. como por exemplo, em manifestações contra o governo, tivemos determinações judiciais como desocupação de áreas invadidas".
Desafogar cadeias e delegacias
Delci Teixeira destacou também a lotação nas cadeias e delegacias como um problema as ser resolvido para que a meta de 6% seja atingida.
"O que está mais impactando para nós é a lotação nas cadeias e delegacias. Há hoje cerca de 820 presos em delegacias no Ceará. Isso imobiliza a polícia. Qualquer problema que ocorra com esses presos tem que chamar a polícia. Fuga de presos, rebelião. Tem que chamar a policia da rua para combater esses casos. Urgentemente precisamos desafogar as delegacias de presos que estão lá. Porque há um desvio da função de policiais que estão cuidando de presos que deveriam estar fazendo o patrulhamento das ruas e investigando os crimes."
Fonte: G1 CE
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