Dona do site Pank é presa suspeita de aplicar golpe de R$ 100 milhões pela internet

Uma empresária foi presa na manhã desta terça-feira (1º) em Ribeirão Preto (SP) suspeita de aplicar golpes pela internet que somam cerca de R$ 100 milhões. Segundo a Polícia Civil, Viviane Boffi Emílio era dona do site Pank e fez ao menos 42 mil vítimas em todo país. Ela e o marido, Michel Pierri de Souza Cintra, são investigados pelo Ministério Público há dez anos.

O promotor Aroldo Costa Filho explicou que Cintra é ex-proprietário da empresa Stop Play, que também comercializava produtos pela internet e foi fechada há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes. O empresário tem prisão decretada, mas está foragido.

Viviane teve a prisão temporária decretada, com validade de cinco dias. A advogada do casal, Cláudia Seixas, afirmou que não comentará as acusações porque o processo ainda está em andamento.

Uma das bases do site Pank funcionava no bairro Jardim Irajá, zona sul de Ribeirão, e contava com 60 funcionários. Segundo o promotor, o casal atuava com outros dois suspeitos.

"Eles vendiam produtos, não entregavam, ou entregavam produtos falsificados e, assim, lesavam inúmeras pessoas no Brasil inteiro", afirma Costa Filho, destacando que empresas de publicidade também foram alvos dos supostos golpistas.

"[Eles] contratavam outdoors no Brasil inteiro para venda de produtos. A propaganda era feita e eles não pagavam essas empresas. Fizeram propagandas em jogos do Brasil no exterior e também aplicaram um golpe de mais de US$ 360 mil em uma empresa de publicidade", diz o promotor.

Comparsas
O Ministério Público calcula que os suspeitos tenham faturado ao menos R$ 100 milhões nos últimos dez anos. A dupla responderá por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

"Eles têm vários apartamentos, bens em nome de terceiros, ou em nome deles, contratos de gaveta. As empresas anteriores estavam em nomes de laranjas. São duas pessoas que tinham emprestado nome, contas bancárias e que confirmaram que eram utilizadas pela dupla", afirma o promotor.

Todos os suspeitos respondem por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

Fonte: G1

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