Conseguir cirurgia eletiva no CE demanda tempo e paciência

Conseguir uma cirurgia eletiva através do Sistema Único de Saúde (SUS) têm sido uma realidade angustiante para pacientes que, muita vezes, esperam meses até entrarem na sala cirúrgica. Como é o caso da jovem Tassiana Lisboa Dias, de 28 anos, mãe de dois filhos, que aguarda na fila de cirurgia cardíaca há 30 dias.

Ela é apenas mais uma dentre os quase 19 mil pacientes que aguardam por cirurgias eletivas somente em Fortaleza. As maiores filas são na ortopedia (6.619) e oftalmologia (5.337), seguidos por otorrinolaringologia (1.300), urologia (1.200), e de outras especialidades na Santa Casa de Misericórdia (3.441).

O Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou denúncia do caso ao Ministério Público Federal do Ceará. De acordo com representantes das Unidades, o teto financeiro dos hospitais, garantido por repasse federal, já é subdimensionado e os recursos de produção também são insuficientes. A consequência é a formação da fila de cirurgia, hospitais e médicos ociosos, migração dessa demanda para a Capital.

Ainda conforme o Sindicato, há também extensas filas nos hospitais Santo Antônio e do Coração do Cariri, ambos na cidade de Barbalha. As unidades operam abaixo da capacidade e da demanda da Região, em consequência de recursos federais insuficientes.

Secretaria da Saúde
Em relação ao pequeno número de médicos em 27 cidades do Interior, a Secretaria da Saúde do Estado justifica dizendo que "os hospitais Regionais do Cariri, em Juazeiro do Norte, e do Norte, em Sobral, ampliaram o acesso às especialidades. "Juntos, os dois primeiros hospitais da rede pública estadual no interior, que atendem à população de duas macrorregiões, formada por 100 municípios, já realizaram até julho deste ano 3 milhões e 637 mil atendimentos".

"Em todas as 19 policlínicas há médicos traumato-ortopedistas, que ficam em Barbalha, Brejo Santo, Icó, Iguatu, Campos Sales, Baturité, Crateús, Russas, Sobral, Tianguá, Camocim, Acaraú, Quixadá, Aracati, Pacajus, Caucaia, Itapipoca, Limoeiro do Norte e Tauá. Em 18 policlínicas a população é assistida por médicos especialistas em otorrinolaringologia. Há médicos dermatologistas em 16 policlínicas. Em 11 policlínicas há médicos neurologistas", detalha a Sesa.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis