Preço da energia elétrica no Brasil sobe (muito) mais que a inflação

Caso, ou pago a conta de luz? Nos últimos seis meses, metade da Fi­fa foi presa, um piloto suicida jogou um avião comercial contra os al­­pes franceses, o príncipe George ganhou uma irmãzinha, e a conta de luz dos moradores de São Paulo au­mentou 75% — no mesmo período, a infla­ção foi de 7,4%. A situação não é muito dife­rente da do resto do país, mas, como cada re­gião tem a própria distribuidora, não é possível fazer uma média nacional significativa.

A tarifa é calculada com base nos custos para gerar, distribuir e comercializar a energia, além dos gastos com impostos e políticas públicas. Em março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já tinha aprovado uma “revisão extraordinária” que resultou em um aumento médio de 32% em todo o Brasil. Depois, no início de julho, a conta subiu de novo: mais 17,04% em São Paulo. Na prática, o sujeito que pagava R$ 86,99 em dezembro  passou a pagar R$ 151,94 em julho. A situação é tão crítica que a energia deve responder por 1,5% dos 9% de inflação previstos para 2015.

A culpa, segundo as distribuidoras, é da falta d’água. “O aumento se deve principalmente aos custos com compra de energia. Com a escassez, a energia gerada pelas hidrelétricas não é suficiente. Por isso, as usinas termelétricas são utilizadas com mais frequência, mas a energia gerada por elas é mais cara”, diz Rodrigo d’Elia, gerente da AES Brasil, que atende aos consumidores de várias regiões do país.

A temporada de chuvas promete amenizar a crise temporariamente, mas a tendência é que as hidrelétricas realmente comecem a perder espaço para fontes de energia mais caras. Na dúvida, é melhor preparar o bolso — e deixar umas velas e um isqueiro guardados para casos de emergência.

Fonte: Galileu

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