Esta cidade vem enfrentando um surto de calazar. Dos casos registrados no período de um ano, o mais grave aconteceu em outubro de 2014, quando uma criança de pouco mais de um ano de idade morreu, desencadeando manifestações populares e ações de combate à doença.
Segundo informações do setor da saúde municipal, de lá para cá, o combate ao calazar não parou. Mesmo assim, o problema persiste com foco em vários locais.
Conforme os agentes de Endemias, Antônio Vitor e Aroldo Araújo, que trabalham sob a supervisão de José da Costa, o trabalho de borrifação nas áreas com registros de calazar é feito de quatro em quatro meses, bem como o teste DPP que identifica a Leishmaniose Visceral Canina.
O Agente de Endemia Antônio Vitor disse que, mesmo com a gravidade da doença e com a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizando as condições necessárias ao seu combate, muitos moradores se mostram resistentes aos trabalhos, não permitindo a borrifação nas residências, alegando que o material químico destinado a eliminar focos do calazar sujam as casas e causam desconforto devido ao cheiro forte.
"Nestas áreas de risco para a doença, mais de cem residências ficaram sem proteção devido às resistências dos moradores", contou Antônio Vitor.
Recusa
Outro problema é o de donos de cães que se recusam a fazer o teste DPP, assinando até termo de responsabilidade. Ele contou que, no bairro Riachinho, uma área de risco do calazar, o dono de um cachorro não permitiu realizar o teste no seu animal. Em novo ciclo de combate à doença, o proprietário do animal foi diagnosticado com a enfermidade.
O Agente de Endemias Antônio Vitor disse também que a comunidade pode contribuir ajudando a monitorar os cães soltos nas ruas com sinais da doença, acionando a secretaria de Saúde da cidade.
DONIZETE DE SOUZA
COLABORADOR
Fonte: Diário do Nordeste
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