Unesco realiza inspeção no Geopark Araripe

Pela terceira vez desde que foi criado, o projeto com geossítios em seis cidades da região do Cariri, o Geopark Araripe, recebeu uma equipe de avaliadores da rede Global de geoparks da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco). Junto com os técnicos do Geopark, o geólogo e paleontólogo grego Ilias Valiakos, e a geóloga iugoslava Kirstin Lemon percorreram, por dois dias, algumas áreas onde estão os geossítios. Eles consideram haver grandes avanços na área desde a última avaliação, há quase cinco anos.

Segundo a coordenação do Geopark, esse é um momento de grande otimismo em relação à renovação da chancela internacional, com o Selo Verde, que é o maior da avaliação. O resultado será divulgado em evento internacional da Rede Global de Geoparks, em setembro, no Japão. A riqueza da cultura e Paleontologia impressionou.

Os técnicos permaneceram até a última sexta-feira (24), no Cariri. Eles foram recepcionados no Crato, no último dia 21, na sede do Geopark, pelo coordenador do projeto, o reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), professor Patrício Melo.

A última visita dos avaliadores aconteceu na quinta-feira (23), quando eles estiveram no Geossítio Colina do Horto. Chegaram a realizar agenda nos espaços do Geopark em Nova Olinda, Santana do Cariri e Missão Velha, entre outras localidades.

Destacaram, também, a imensa quantidade de informações relacionadas a essas localidades, que consideraram diferenciadas de todos os outros Geoparks do mundo.

Atualmente, são 111 em todo o Planeta, principalmente na Europa. No Brasil, foi criado o primeiro das américas, que tem sido referência na criação de novos espaços do gênero, onde questões relacionadas ao geoturismo, geoeducação e a geoconservação são abordadas e trabalhadas ao longo das ações desenvolvidas, voltadas ao desenvolvimento sustentável.

O paleontólogo Ilias Valiakos pôde percorrer toda a área do Geopark, um território que considerou único no mundo, organizado, além de gostar do entusiasmo da equipe que está à frente do projeto. Além disso, ressaltou as possibilidades de inserção das comunidades em que o Geopark estuda para que possam ser autossustentáveis por meio desses espaços. "O do Araripe pode ter muitas coisas boas", disse.

Avaliação
O processo de avaliação consiste, conforme Ilias, em um relatório padrão que é repassado pela Unesco. O que ele viu no Geopark Araripe será relatado para o órgão internacional que, por sua vez, corresponderá ao projeto no Brasil com as observações necessárias e todos os aspectos positivos que foram percebidos pelos avaliadores.

Desde a última avaliação, mesmo com os avanços constatados, ele disse ser importante manter o alerta para que a área continue com melhorias. A geóloga Kirstin Lemon se disse impressionada com os fósseis. Segundo afirma, ainda não tinha visto material de tamanha qualidade e conservação. "Fiquei encantada com a diversidade da cultura local", afirma. Uma breve avaliação do encontro, com troca de informações da missão técnica da Unesco com os coordenadores Geopark foi realizada na noite de quinta-feira (23).

Segundo o reitor da Urca, professor Patrício Melo, puderam ser constatados, até o momento, níveis favoráveis de crescimento na área do Geopark, com investimentos, parcerias, infraestrutura e projetos na educação, com a inserção das comunidades.

Mais informações
Escritório Geopark Araripe
Rua Carolina Sucupira, S/N
Pimenta
Crato
Telefone: (88) 3102-1237

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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