Capistrano (CE): Suspeitos de estupro coletivo negam participação no crime, mas entram em contradição

Os suspeitos do estupro coletivo de duas jovens no município de Capistrano, a 100 quilômetros de Fortaleza, negaram a participação no crime, em depoimento à polícia nesta sexta-feira (3). Porém, em entrevista à TV Jangadeiro/Band, eles entraram em contradição algumas vezes.

Após serem apreendidos, os cinco homens foram conduzidos para a Delegacia Regional de Baturité, onde ficarão à disposição da Justiça. O caso, registrado na noite da última quarta-feira (1), resultou na morte de Luciana Nogueira Brito, de 17 anos, e no espancamento de uma adolescente de 16 anos.

Entre os suspeitos, estão Sebastião Pinto de Almeida, 27 anos, e John Lenon dos Santos, 20 anos. Os outros três são adolescentes, com 14, 15 e 16 anos. Todos são moradores de Capistrano, foram presos na última quinta-feira (2) e acabaram sendo identificados pela sobrevivente.

“Nem encostei a mão em ninguém. Eu nem vi não. Eu estava só no calçadão. Pronto. E fui pra casa. Eu não vi garotas não. Eu vi eles no calçadão. Eu estava bebendo e fui pra casa”, negou Sebastião, o mais velho do grupo.

John Lennon também negou participação, mas confessou que viu tudo. “Eu estava só olhando mesmo”. Após ser questionado sobre quem havia matado a vítima, o suspeito falou que não sabia quem era, mas que havia impedido matar a “outra”.

Adolescentes também negam
A TV Jangadeiro entrevistou também os adolescentes apreendidos. Um deles, de 14 anos, garante que não fez nada, porém havia beijado uma das vítimas, a que permaneceu viva.

“Eu não fiz nada não. Estava em casa, tranquilo. Eu não imaginava que podia ser apreendido. Eu mesmo não fiz nada. Eu estava em cima da linha e a menina pediu para falar comigo e eu fui lá com elas, mas só fiquei com ela, só beijo mesmo. A moreninha [a que permaneceu viva] pediu para ficar comigo. Ela estava doida por mim. Aí, quando eu vim para cá, deram uma paulada na cabeça dela, mas eu não vi quem foi. Ela caiu no chão e a outra correu”, relatou.

O garoto confessa que “estava de cabeça virada” no momento e que não sabe quem espancou, pois estava “escuro”. “Isso aconteceu bem aí [apontando para uma casa com um descampado à frente]. Eu fiquei, tipo assim, triste. Eu não fiz nada. Não fiz nada com ela. Eu fiquei foi com pena”, comentou.

Já o adolescente de 15 anos assegura que não violentou as meninas, nem participou do crime. “Quer fazer o exame? Pode fazer para ver”. O último suspeito de participar do crime, de 16 anos, enfatizou que não conhecia as vítimas e que apenas as viu andando na calçada. “Depois eu fui embora também. Nem trisquei nenhum dedo. Eu não sei quem foi não. Quando eu vi, fui embora também. Eu não tava lá na hora não”.

Crime brutal
O corpo de Luciana foi encontrado pela população, dentro de uma cacimba, na quinta-feira (2). A jovem foi sepultada na manhã desta sexta-feira, no cemitério de Baturité. Segundo a mãe da vítima, a filha avisou que iria sair com a amiga, e pela manhã recebeu a notícia do crime. Abalada, ela pede por justiça.

A sobrevivente contou à polícia que estava com a amiga na entrada da cidade quando os suspeitos chegaram para conversar. Todos estavam a pé. Logo depois, as levaram para um matagal, onde houve espancamento e a morte de Luciana. De acordo com o depoimento, os suspeitos mandaram a vítima entrar na cisterna ainda viva. O delegado Ricardo Gonçalves Pinheiro, responsável pelo caso, prossegue com as investigações.

Fonte: Tribuna do Ceará

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