87% dos brasileiros acham que a economia está ruim, mostra pesquisa

Os brasileiros estão entre os quatro públicos mais insatisfeitos com o estado da economia, entre 40 economias pesquisadas pelo Pew Research Center, referência global em matéria de pesquisa: 87% dos brasileiros dizem que a economia anda mal contra apenas 13% que acham que está bem.

O que impressiona na pesquisa é que até os venezuelanos estão menos pessimistas: 83% dizem que a economia vai mal, o que é perfeitamente compreensível quando se sabe que a inflação é tão alta que o governo esconde os dados, enquanto o setor privado calcula algo em torno de 120% para este ano.

O Fundo Monetário Internacional, por sua vez, prevê que o retrocesso da economia venezuelana, este ano, será de 7% - um recorde na América Latina.

Mesmo assim, os brasileiros são ainda mais pessimistas.

Nos 21 países emergentes pesquisados, o Brasil só tem perspectiva menos negativa do que o Líbano (89% acham que a economia vai mal) e a Ucrânia (94% têm idêntico sentimento).

Mas são dois países praticamente em guerra. O Líbano, por estar na área de atuação do Estado Islâmico, em guerra aberta contra o Ocidente e contra os muçulmanos xiitas.

A Ucrânia por ter parte de seu território ocupado por forças russas travestidas de separatistas locais.

O terceiro país com sentimentos mais negativos do que o Brasil é a Itália (88% acham que a economia vai mal).

No conjunto dos 40 países pesquisados, há mais pessimistas que otimistas: nos países avançados, 56% acham que a economia vai mal, para 40% que dizem que é o contrário.

Nos países emergentes e nos em desenvolvimento, o resultado é praticamente igual (55% e 54% de pessimistas, respectivamente).

O lado positivo da pesquisa é o crescimento acentuado das pessoas que estão satisfeitas com a economia nas três grandes economias do mundo rico (Japão, Estados Unidos e União Europeia).

No Japão, subiu 30 pontos o percentual de otimistas desde o pico de desalento de 2002 e 2012. Nos EUA, 23 pontos percentuais de gente mais animada sobre o pior nível (2009).

Na União Europeia também houve uma melhora de 23 pontos percentuais no sentimentos positivo.

Fonte: Folha.com

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