Seis dicas para usar redes Wi-Fi abertas com segurança

Segundo a Kaspersky, desenvolvedora de softwares de segurança, 70% dos donos de tablets e 53% dos usuários de smartphones, nos Estados Unidos, afirmaram se conectar a pontos de acesso (hotspots) públicos. No Brasil não é diferente. Em pesquisa recente, a Symantec, companhia de segurança digital, afirmou que mais de 61% dos brasileiros se conectaram a redes abertas no país em 2013. "As pessoas precisam saber que em um Wi-Fi aberto a navegação na internet requer cautelas", explica Andre Carrareto, especialista em segurança da companhia.

Uma rede aberta pode ser acessada por qualquer usuário e é aí que está o perigo. Se o Wi-Fi não for bem configurado pelo dono do hotspot, um cracker, que possui profundos conhecimentos de tecnologia, pode aproveitar o tráfego intenso de informações para roubar as informações que lhe convém. "Um criminoso pode explorar vulnerabilidades e ter acesso a senhas de e-mail e dados bancários", afirma Almir Meira Alves, coordenador do curso de engenharia da computação da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).

Para garantir a sua segurança, o usuário deve desconfiar das redes abertas. Em alguns casos, até os nomes são forjados para enganar as pessoas. Criminosos podem criar hotspots falsos usando o nome de um restaurante ou museu no intuito de "fisgar" vítimas. Ao acessar essas redes, a atividade do usuário passa a ser monitorada por um terceiro. "O criminoso pode até ter acesso aos arquivos do smartphone ou tablet conectado à rede", explica o acadêmico.

A oferta de Wi-Fi aberto e gratuito não para de crescer no país. Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura anunciou recentemente que ônibus que passarão a oferecer o benefício aos passageiros. Outro projeto chamado Wi-Fi Livre SP pretende conectar 120 praças e locais públicos, como museus, em 96 distritos da capital. O acesso já está operando em 37 lugares da cidade. O investimento no serviço foi de 27,6 milhões de reais.

Confira na lista a seguir como explorar esses recursos sem comprometer a privacidade e, é claro, o bolso:

1- Cuidado
As redes de Wi-Fi abertas são gratuitas, porém inseguras. Muita cautela na hora de escolher o hotspot. Todos os dispositivos conectados ao Wi-Fi aberto, como notebooks, smartphones e tablets, são suscetíveis a ataques através de redes sem fio.

2- Redes Wi-Fi suspeitas
Nem sempre uma rede Wi-Fi é legítima. Alguns criminosos criam conexões falsas usando nomes de restaurantes, museus ou lugares públicos para enganar os usuários. Esse hotspot, no geral, aparece com ótimo sinal e permite a conexão à internet. O problema é que toda informação trocada a partir desse Wi-Fi é monitorada e roubada. Trata-se de um risco especialmente para senhas de e-mail e bancárias e também para transações financeiras com cartões de crédito.

3- A rede é legítima?
Na dúvida, pergunte ao dono do local se aquela rede lhe pertence. Além de nome do Wi-Fi, confirme também o seu endereço de IP. Você tem acesso a essa informação ao clicar sobre o hotspot no smartphone, tablet ou notebook. Em alguns casos, as redes abertas exigem um cadastro prévio. Confirme a página do formulário e se certifique de que ela é segura (https no endereço e cadeado no navegador).

4- Sites perigosos
Ao se conectar a uma rede Wi-Fi aberta, os especialistas sugerem que o usuário evite acessar sites através dos quais os criminosos possam roubar dados pessoais e senhas. É o caso, por exemplo, de redes sociais, sites de bancos, serviços corporativos e sites que armazenam o número do cartão de crédito.

5- Use a rede 3G/4G
Se for imprescindível realizar alguma transação financeira ou acessar serviços que exijam autenticação com e-mail/usuário e senha, o recomendado é que a rede 3G/4G seja usada ao invés da conexão pública.

6- Segurança dos dispositivos
Tenha certeza de que todos os seus gadgets — smartphones, tablets e notebooks — estão protegidos com antivírus. É importante que o software seja atualizado com frequência.

Fonte: Veja.com

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