Número de casos de dengue no CE aumenta 221% em 5 meses


Entre janeiro a maio deste ano, foram confirmados 321 casos graves de dengue no Ceará. No mesmo período em 2014, foram confirmados 145. Um aumento de 221%. Até o momento, 14 óbitos foram confirmados em 10 municípios do Estado e 30 notificações estão em investigação. O mês de abril passado foi o que apresentou o maior número de casos graves e de mortes confirmados.

Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), divulgado no último dia 5. Os óbitos confirmados ocorreram em Fortaleza (4), Maracanaú (2) e Aquiraz, Barbalha, Caucaia, Limoeiro do Norte, Varjota, Crato, Juazeiro do Norte e São Luis do Curu, cada cidade com um caso fatal.

O município de Fortaleza, isoladamente, concentrou o maior percentual de Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) 65% e de Dengue Grave (DG) 52% entre os municípios cearenses. Dos casos confirmados de dengue no Ceará, a faixa etária de 20 a 29 anos predomina com 21,7%.

Dos casos notificados neste ano, foram confirmados 14.457 em 138 municípios, ou seja, 78%. Destacam-se: Alcântaras, Aquiraz, Arneiroz, Barbalha, Brejo Santo, Capistrano, Catarina, Coreaú, Eusébio, Hidrolândia, Horizonte, Ipu, Itaitinga, Jardim, Jucás, Mauriti, Mucambo, Ocara, Pacoti, Pentecoste, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Porteiras, Reriutaba, São Gonçalo do Amarante, Tauá, Trairi e Varjota com incidência acima de 300 por 100.000 habitantes.

Desde 2014 que o Brasil começou a adotar a nova classificação de casos de dengue segundo Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente os casos são classificados como Dengue, Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) e Dengue Grave (DG).

Sintomas
A dengue grave será todo caso que apresenta um ou mais desses resultados: choque, sangramento grave e comprometimento grave de órgãos (dano hepático, sistema nervoso central e miocardite).

De acordo com dados da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde, em Iguatu, os municípios que apresentam os maiores índices de notificação da doença em maio passado são Piquet Carneiro, Mombaça e Catarina. Na cidade de Iguatu, no mês de abril passado, houve um crescimento elevado, com 154 casos confirmados. Em maio passado, caiu para 57, mediante as ações de combate aos focos do mosquito transmissor da doença e de educação dos moradores.

A área mais critica é a sede do distrito de José de Alencar, na zona rural do município de Iguatu. "Em maio passado, eram atendidas cerca de 30 pessoas por dia com suspeita de dengue", disse a coordenadora administrativa da Unidade Básica de Saúde (UBS), Eliane Meireles. "De 64 focos localizados, 63 eram no interior das casas, em baldes de água". A coordenadora de endemias do município de Iguatu, Naiana Freire, disse que neste ano ainda não foi feita pesquisa sobre infestação/focos de dengue no município. "Até agora o trabalho tem sido feito de combate aos focos", frisou.

Cariri
Na região do Cariri, o número de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor da dengue ainda é incerto. Embora os postos de saúde, unidades de pronto atendimento (Upas) e hospitais estejam lotados de populares apresentando os sintomas da doença, não há dados oficiais que confirmem quantos são e em quais cidades da região vivem os doentes. As Coordenadorias Regionais de Saúde de Brejo Santo, Juazeiro do Norte e Crato, ainda estão realizando o mapeamento dos casos suspeitos, cujo número também não foi informado.

No início deste mês, a aposentada Luíza Sátiro Bitú, de 57 anos, morreu de dengue grave no Hospital São Vicente, em Barbalha. A morte ocasionada pela forma mais agressiva da doença foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).

Em abril deste ano, a professora Maria Pereira da Silva faleceu em um dos leitos do Hospital São Francisco, em Crato. Conforme familiares, há suspeitas de que a morte da docente também tenha sido ocasionado pela doença. A professora aguardava atendimento quando passou mal no setor de triagem do hospital, vindo a falecer em seguida. Já em Juazeiro do Norte, uma criança de 7 anos de idade morreu com suspeita de dengue hemorrágica no Hospital Maria Amélia. O caso foi registrado no final do mês de abril e, até agora, não há confirmação se o menor estava ou não com dengue. A criança foi atendida duas vezes no hospital.

Centro
No Centro do Estado ainda não foi registrado nenhum óbito provocado pela dengue, entretanto, do início do ano até a primeira semana deste mês, foram confirmados 180 casos da doença, na área da 4ª Ceres, na região do Maciço de Baturité.

Canindé apresenta a situação mais crítica dentre os municípios cobertos pela 5ª e pela 8ª Ceres. Profissionais da Saúde reunidos em Canindé discutiram estratégias de combate ao mosquito transmissor da dengue. Já foram confirmados atpé aqui casos graves da doença em Caridade e Canindé.

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR E SUCURSAIS

Fonte: Diário do Nordeste

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