Juazeiro do Norte (CE): Crateras são formadas nas ruas periféricas

A infraestrutura precária na maioria dos bairros de Juazeiro do Norte se agrava sem a manutenção devida. Pela demora nos serviços de recuperação, os moradores reclamam das condições de tráfego deficientes em alguns trechos, da falta de saneamento, além dos esgotos a céu aberto. Desde as últimas chuvas a situação piorou e a administração municipal, no momento, tem dado prioridade ao recapeamento asfáltico em áreas do centro, que estavam bastante prejudicadas. Há trechos nos bairros em que moradores tomaram a iniciativa de sinalizar de forma inusitada, para conter os acidentes.

Entre as ruas Manoel Francisco de Azevedo e Maria Augusta, no Parque Antônio Vieira, uma verdadeira cratera se formou no cruzamento dessas vias. Após diversos acidentes entre condutores de carros e motos, os moradores das proximidades tomaram uma atitude inesperada, como forma de prevenir acidentes em maiores proporções, e decidiram jogar no buraco três sucatas de veículos. Há mais de dois meses que os carros estão no local e até o momento não foi tomada qualquer providência quanto ao problema. E segundo informações do secretário de Infraestrutura da cidade, Rogeris Macedo, esse caso não vai ser resolvido em pouco tempo.

Descaso
A obra está na dependência da finalização de um serviço de drenagem que vem sendo executado na Avenida Antônio Domingos, no mesmo bairro. São pelo menos mais 90 dias para a sinalização. Macedo admite que o problema se tornou complexo.

A dona-de-casa do bairro Triângulo, Maria da Silva Sousa, um dos mais prejudicados com a buraqueira e ausência de saneamento, afirma que há muitos anos convive com um buraco e lama na porta da sua casa e até hoje nada foi feito. Com o aumento do tráfego no local, ao sair de casa corre risco maior, já que os carros ao desviarem do buraco, se aproximam da frente da sua residência, na rua Rafael Malzoni.

O sonho de montar o seu negócio ainda está apenas no campo das ideias. Depois de levantar as paredes de sua mercearia, na esquina da Rua Francisco Monteiro com a Engenheiro José Walter, no Triângulo, o comerciante José Pedro de Brito Filho afirma que deixou de lado a construção do prédio, porque não tem como as pessoas chegarem até a calçada, com a grande quantidade de terra e o lamaçal no local. "Quando chove, o problema se agrava e a rua se transforma em um rio. É um abandono total", diz ele.

O secretário afirma que pontos prioritários nos bairros estão sendo atendidos, nos casos mais graves, onde há necessidade de drenagem e que foram mais prejudicados com as chuvas. Ele afirma que localidades como os bairros São José, Triângulo, João Cabral, Juvêncio Santana e o Parque Antônio Vieira estão entre os mais problemáticos. Até o final do mês há previsão de asfaltamento em diversas ruas do bairro São José, onde houve crescimento rápido com a urbanização da área.

Segundo Rogeris Macedo, um dos grandes problemas verificados na cidade é justamente a falta de drenagem. Há locais em que essas dificuldades podem ser minimizadas, a exemplo da rua Maria Letícia, na Lagoa Seca, com a obra já realizada na área. Outro local que considera delicado é a Avenida Maria Edinir, nas proximidades do Parque Ecológico das Timbaúbas, onde está sendo realizada obra de drenagem, seguida de uma urbanização no bairro.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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