Juazeiro do Norte (CE): Cidade pretende transformar lixão em aterro

Amaju pretende implantar medidas para diminuir os
impactos ambientais, como a impermeabilização do
chorume através de manta asfáltica
(Foto: Serena Morais/Jornal do Cariri)
Diariamente, cerca de 230 toneladas de lixo são depositadas nas seis hectares do lixão de Juazeiro do Norte, diariamente. Algumas medidas estão sendo adotadas no sentido de organizar as atividades, tendo em vista os 170 catadores de resíduos sólidos que atuam no local. Entre elas, a proibição da entrada de pessoas no período noturno e o início de elaboração do projeto para construção do chamado Cinturão Verde. A iniciativa busca o controle da redução de odores e impactos ambientais causados à Vila Padre Cícero (Palmeirinha) e sua vizinhança.

Sidney Kal-Rais, diretor de licenciamento da Autarquia Municipal de Juazeiro do Norte, disse que, a priori, a ideia é transformar o equipamento público em um aterro controlado, construindo uma vala séptica. Para tanto, as dimensões já estão sendo estudadas para atender à demanda gerada no Município. Com isso, segundo o engenheiro ambiental, aquela imagem negativa que se tem de enorme quantidade de lixo exposto a céu aberto será reduzida. “Em breve, estaremos minimizando aquele visual negativo”, frisa.

“Os resíduos serão retirados e colocados na vala séptica para serem cobertos com camadas de terra. Vamos fazer uma impermeabilização com manta asfáltica no fundo para o chorume não contaminar mais o solo, o deixando em condições de receber os resíduos de forma adequada”, afirma. Como explicou, será feita drenagem do chorume e um sistema de tratamento prévio. Tais soluções são tidas como paliativas, enquanto um projeto mais complexo não é elaborado.

O Superintendente da Amaju, Eraldo Oliveira, informou que a retirada dos recicladores do lixão será feita gradativamente, de maneira negociada, através de ações que valorizem todos aqueles que trabalham em condições insalubres. “Posteriormente, vamos procurar identificar os produtos recicláveis, para que sejam reciclados na origem, evitando que sejam levados ao lixão. Pouco a pouco, em parceria com instituições, vamos inserir o catador na cadeia produtiva. Futuramente, vamos qualificar essa mão-de-obra, do ponto de vista de treinamento e de condições econômicas e sociais”, afirma.

Fonte: Jornal do Cariri

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