Após saída de Blatter, governo federal quer renúncia também na CBF

Diante da decisão do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de renunciar ao posto para o qual foi recém reeleito, o governo Dilma avalia que este seria o melhor caminho a ser adotado também na CBF, com uma renúncia do atual presidente da instituição, Marco Polo Del Nero, para promover uma profunda reformulação no comando do futebol brasileiro.

Segundo a Folha apurou, o governo não irá tomar iniciativas diretas neste sentido, porque a CBF é uma entidade privada, o que se configuraria numa intervenção.

Mas, de acordo com assessores, o Palácio do Planalto vai estimular que pessoas ligadas ao esporte defendam este caminho como uma solução para os problemas que devem surgir daqui para a frente com as investigações sobre corrupção na instituição que comanda o futebol no âmbito mundial.

A avaliação de assessores presidenciais é que o escândalo deve atingir também figuras do comando do esporte no Brasil e, com isso, estaria criada a oportunidade para fazer uma transformação do futebol no país.

Desde a organização da Copa do Mundo no Brasil, a presidente Dilma Rousseff manifestou a interlocutores seu interesse em que houvesse uma mudança na organização do futebol brasileiro, com troca de geração dos que participam do comando do esporte no país.

Ela não escondia seu desconforto em estar ao lado do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, preso na Suíça por suspeita de envolvimento no escândalo da Fifa. Marin apoiou os governos militares, combatidos pela presidente na juventude.

Na avaliação do governo, inclusive, a CBF deveria cuidar apenas dos assuntos da seleção brasileira de futebol. Já a organização de campeonatos no país deveria ser de responsabilidade dos clubes.

O ministro do Esporte, George Hilton, divulgou uma nota sobre o anúncio da saída de Blatter.

"Diante da atual conjuntura, a atitude do presidente da FIFA parece ser a mais correta. O Governo Brasileiro mantém seu apoio às investigações e considera que o momento é de oportunidade para aperfeiçoar a gestão do futebol no Brasil e no mundo", afirmou Hilton.

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis