Milagres (CE): Termina greve dos agentes de trânsito

A greve dos agentes de trânsito deste município, que já durava cerca de 180 dias, foi encerrada ontem. A decisão pelo fim do movimento paredista foi decidida durante assembleia realizada pela categoria, após o envio de propostas apresentadas pelo Executivo local, atendendo, em parte, as reivindicações apresentadas pelos agentes de trânsito, em dezembro do ano passado.

Na ocasião, foi solicitado o reajuste linear de 15% sobre o salário base; criação da Gratificação de Atividade de Trânsito (GAT) em percentual de 15% sobre o salário-base; criação da Gratificação de EPI (Protetor Solar) em 10% sobre o salário-base; melhorias nas condições de trabalho e estrutura do órgão e, ainda, melhorias na sinalização da cidade.

Também foi cobrada a realização de concurso público para agentes do órgão de trânsito municipal e que sejam realizadas mudanças em relação ao sistema de trabalho desenvolvido, como reestruturação na escala de serviço por dupla de agentes; redução da carga-horária para seis horas diárias, de segunda-feira a sexta-feira; criação da data-base; aquisição de mais viaturas (duas motos e um carro); e a criação de uma central de rádio.

Reunião
Na última terça-feira, na sede da Prefeitura, uma reunião envolvendo o prefeito do município, Hellosman Sampaio de Lacerda, e representantes do movimento grevista reabriu o canal de diálogo entre os agentes de trânsito e o Município, possibilitando, desta forma, a discussão de propostas visando o fim da greve dos servidores.

A proposta apresentada pelo Município garante aos servidores a fixação de salário-base no valor de R$ 1 mil e reajuste linear de 20%, criação da Gratificação de Atividades de Trânsito (GAT), no percentual de 15% sobre o salário-base, com implementação retroativa a janeiro de 2015; gratificação de horas extras no valor de R$ 280,00 e a Criação da data-base da categoria para 1º de Maio de 2016.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Milagres afirmou que as propostas apresentadas encontram-se dentro das possibilidades financeiras do Município, bem como nos limites de gastos apontados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), resultando e ganhos reais à categoria e no retorno das atividades dos servidores em prol do bem estar coletivo.

Como os agentes de trânsito retornam às atividades exatamente seis meses após a deflagração da greve, o movimento paredista se iguala à greve realizada pelos professores do Paraná no ano de 1993, quando estes permaneceram com suas funções paralisadas também pelo mesmo período de tempo.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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