20 anos da internet no Brasil: as coisas que deixaram saudades

Como já falamos do que não deixa a menor saudade, listamos agora o que faz falta da internet do passado.

Para constar: o que está listado não necessariamente seria melhor do que o que existe hoje em dia, mas são sites, serviços e recursos que foram satisfatórios e agradáveis em sua época, mas que o tempo tratou de enterrar. Confira a lista:

Orkut 
A rede social oficialmente descontinuada no ano passado foi a porta de entrada da internet para uma parcela enorme da população brasileira. Ele foi perdendo sua popularidade ao longo dos anos, mas nunca deixou de ocupar um espacinho no coração do internauta brasileiro, com seu limite para 12 fotos, o BuddyPoke, as comunidades (o maior destaque!), o “li, respondi e apaguei” e o “só adiciono com scrap” e tantas outras coisas que formaram a cultura internética do brasileiro.

mIRC, ICQ e MSN
Os programas de bate-papo do passado também deixam saudades. Quem é “macaco-velho” da internet deve ter conhecido o mIRC e passado por todo o processo de fim e reinício. O mIRC e seus scripts com bate-papo apenas com texto, sendo lentamente devorado pelo ICQ e seu “oh-oh” a cada nova mensagem, que finalmente foi engolido pelo MSN, que depois virou Windows Live Messenger, mas será para sempre MSN no coração do povo. O Skype absorveu os usuários do MSN, e o mIRC e o ICQ ainda existem, mas nada é como já foi um dia

Megaupload (principalmente para quem perdeu arquivos)
O Megaupload tinha muitos defeitos, mas serviu ao propósito de armazenar arquivos na internet muito antes de os serviços de nuvem como Dropbox, OneDrive, Google Drive, começarem a se popularizar. Claro, ele também foi amplamente utilizado para pirataria, o que fez com que ele viesse a sair do ar, deixando órfãos aqueles que usavam a ferramenta para fins legítimos. Algum dia eles terão os arquivos de volta? Provavelmente não.

Salas de bate-papo
Um hábito que se perdeu na internet ao longo dos anos. Entrar em um ambiente repleto de desconhecidos (sala de bate-papo do UOL!) com o intuito de conversar em tempo real sobre assunto nenhum (ou sobre um tema específico, no caso das salas temáticas). Atualmente, as redes sociais servem para manter as pessoas fechadas em seus círculos sociais. São raríssimos os casos de pessoas que se jogam em um ambiente virtual com desconhecidos. E, do jeito que a internet está atualmente, provavelmente não seria uma boa ideia fazê-lo, mesmo.

Sites clássicos
Quem nunca perdeu horas com os jogos e quizzes do Fulano? Ou então passou alguma noite em claro depois de ler ou ver alguma coisa meio estranha no Assustador? Teve que dar um jeito de driblar a restrição de 10 comentários do Fotolog? Perdeu mais tempo do que devia vendo as piadas (de qualidade duvidosa) do HumorTadela ou vendo animações no Charges.com.br (quando o Flash ainda fazia sentido). Muitos sites que foram populares no passado ainda existem, mas a maioria simplesmente deixou de ser relevante.

Programas de compartilhamento
Muito antes do Torrent, quem queria baixar alguma coisa online recorria ao Napster. Não demorou muito tempo para perceberem que ele poderia ser usado para distribuir músicas pirateadas pela internet, e a indústria fonográfica caçou o Napster até ele sair do ar. Foi aí que começou a “hidra”: Kazaa, eMule, SoulSeek, Ares e tantos outros serviços se revezaram como os favoritos do público na hora de baixar ou distribuir arquivos pela internet, até a popularização dos torrents, que acabaram tomando a liderança ocupada até hoje.

GeoCities, HPG, Kit.net...
Os blogs foram o início definitivo da democratização da web, porque antes disso era difícil ter seu espacinho virtual. Alguns serviços pioneiros, no entanto, ajudaram o povo a colocar suas humildes páginas na internet, como o GeoCities, estrangeiro, e o HPG (sigla para “Home Page Grátis”) que forneciam estes espaços gratuitamente. Tudo era muito limitado e exigia algum conhecimento técnico para fazer funcionar, mas era extremamente recompensador ver sua página (criada no FrontPage!) online.

Jogos multiplayer do passado
Quem nunca aproveitou a conexão à rede para tirar uma partida de Duke Nukem 3D pela internet, ou disputar sessões de Quake no servidor do UOL ou do Terra? Mais para frente surgiu o Counter Strike, que foi uma febre nas LAN Houses, mas também divertiu muitos jogadores de Half-Life. Também não há como esquecer os MMORPGs, como o Tibia, que ficou extremamente ultrapassado graficamente para os dias modernos, mas foi a porta de entrada de muitas pessoas para os jogos online. Há outros exemplos como Ragnarok, Priston Tale...

Privacidade
Essa faz falta. Houve uma época em que foi possível navegar na internet sem sentir que todos estavam te vigiando. Atualmente, parece que todos sabem mais sobre sua vida do que você mesmo, passando por empresas de internet, governos e até mesmo as pessoas com quem você se relaciona virtualmente. Também houve um tempo em que as pessoas se expunham menos e não tinham necessidade de opinar sobre tudo, causando menos discussões imaturas na internet.

Fonte: Olhar Digital

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