Um texto que seria escrito por um funcionário da Empório Delitalia, padaria localizada no Meireles, na zona nobre de Fortaleza, circulou pelo Whatsapp denunciando o furto de alimentos durante a manifestação contra a corrupção, realizada no último domingo (15) na Praça Portugal, distante 350 metros. O texto, cujo teor foi confirmado pela empresa em seu perfil no Facebook, reclamava sobre o sumiço de 127 itens, consumidos e não pagos por pessoas que entraram na padaria.
“Isso é só o que foi deixado à vista nas prateleiras pelo mesmo povo que pede o fim da corrupção. Pode ser pior”, criticou o autor, que se identificou como George. Mesmo com o prejuízo, ele ressaltou que, se houver outras manifestações como a de domingo, a padaria apoiará e abrirá novamente. E ainda enfatizou que os consumidores elogiaram o fato da empresa “ter coragem de abrir as portas num dia como esse”.
O Tribuna do Ceará entrou em contato, durante toda a manhã e parte da tarde desta terça-feira (17), com George. Entretanto, uma funcionária informou que ele estaria em reunião e não poderia atender, e que outra funcionária que poderia responder, chamada Cristiane, também estaria em reunião.
Confirmação
Na Fanpage da Empório Delitalia, um internauta perguntou se o texto do Whastapp era verdadeiro. Em resposta, o próprio George confirmou a história, no perfil da empresa, salientando que o conteúdo era privado e deveria ser compartilhado somente entre amigos. Ele lamentou a repercussão negativa, mas sustentou a insatisfação com o episódio.
“O fato é que uma minoria no meio da multidão que entrou na loja consumiu itens e os deixou sobre as prateleiras e não pagaram. Mesmo assim foi tudo muito ordeiro e tranquilo, só percebemos isso quando o movimento passou. Essas exceções não representam a maioria do movimento que, até onde vi, foi muito organizado. Isso acontece também no dia a dia em menor escala. Quis simplesmente frisar a contradição do que exigimos dos outros e fazemos na nossa realidade. Sou a favor da expressão pacífica de opiniões e não apoio nenhum partido específico”, frisou.
Atualização às 18h30:
Posteriormente à publicação desta matéria, o funcionário procurou o Tribuna do Ceará, e alegou que seu texto escrito no Whastapp não citava o número de itens furtados, informação que teria sido editada com intuito de atacar os manifestantes. George salienta que a empresa não confirma oficialmente o número de produtos consumidos e não pagos.
Fonte: Tribuna do Ceará
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