Juazeiro do Norte (CE): PF cumpre mandado da Operação Zelotes

A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (26), na residência de um auditor fiscal da Receita Federal, neste município. A ação fez parte da Operação Zelotes, deflagrada no Ceará, São Paulo e Brasilia para o cumprimento de 41 mandados expedidos pela Justiça Federal, cuja finalidade é desarticular uma organização criminosa responsável por um prejuízo aproximado de R$ 19 milhões à Receita Federal, segundo as investigações da PF.

O cumprimento do mandado em Juazeiro do Norte resultou na apreensão de computadores, aparelhos celulares, farta documentação e dois automóveis. Conforme agentes que participaram da operação, o nome do auditor não foi revelado porque as investigações acontecem em segredo de Justiça.

A operação deflagrada hoje pela PF contou com o apoio da Receita Federal, do Ministério Público Federal e da Corregedoria do Ministério da Fazenda e investiga cerca de 70 empresas com atuação em diversos setores da economia, como bancário, siderúrgico, automobilístico e da construção civil, por exemplo, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – o antigo Conselho de Contribuintes da Receita, vinculado ao Ministério da Fazenda, e escritórios de advocacia e de contabilidade.

Até o momento, conforme divulgado pelos federais, já foram apreendidos mais de mais de R$ 1,3 milhão, em espécie, na residência de pessoas suspeitas de participarem do esquema fraudulento. Em um único local a polícia conseguiu apreender cerca de R$ 800 mil em espécie.

O trabalho de investigação foi iniciado em 2013 e aponta à participação de servidores na manipulação dos trâmites de processos e no resultado de julgamentos emitidos pelo conselho. Um conselheiro e um ex-presidente da entidade também estão relacionados nas investigações realizadas pela PF.

Os federais acreditam que a organização corrompia conselheiros com a finalidade de anular ou reduzir multas aplicadas. Devido o inquérito permanecer sob segredo de Justiça, não houve informações repassadas pela PF em relação aos nomes das empresas nem das pessoas suspeitas de participarem do esquema.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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