Ceasa Cariri cresce após três anos de atividade

Após três anos de atividades na região, a Ceasa Cariri comemora o crescimento dos índices de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros e o aumento no número de produtores e compradores que utilizam o equipamento para realização de negócios. Em 2014, a unidade ofertou 57,2 mil toneladas, superando em 78,1% os números de 2013, quando foram disponibilizadas 32 mil toneladas de produtos. O entreposto também apresentou crescimento na ordem de 109% em relação à circulação de veículos. Em 2013, a Ceasa Cariri registrou a entrada de 6.320 veículos, já em 2014 foram cerca de 13.229 caminhões e utilitários computados.

O entreposto, localizado entre os municípios de Barbalha e Juazeiro do Norte, funciona com 360 módulos, 50 boxes, 15 lojas, três lanchonetes e um estacionamento com vagas para mais de 200 veículos.

Atualmente, cerca de 170 permissionários atuam no local. Todos os módulos estão ocupados e apenas dois boxes estão fora de funcionamento. A Ceasa Cariri abastece 35 municípios do Ceará, bem como regiões dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Segundo Ivens Mourão, consultor da Ceasa Ceará, a comercialização atingiu uma estimativa já esperada dentro do período de funcionamento do equipamento. Diante disto, a Ceasa Cariri se transformou em um mercado abastecedor da Região Metropolitana dos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, além das cidades do entorno do chamado "triângulo Crajubar", e de Estados vizinhos.

Rotatividade
Odálio Girão, Analista de Mercado da Ceasa, avaliou que, embora o Estado esteja enfrentando um longo período de estiagem, não houve riscos de desabastecimento na Ceasa Cariri. Segundo ele, os produtores, muitos da própria região do Cariri, investiram na perfuração de poços profundos e sistemas de tecnologia de irrigação, enquanto que os permissionários conseguiram, por meio do planejamento de aquisição de mercadorias advindas de outras regiões do País, manter a rotatividade dos produtos comercializados no entreposto.

"Na ausência do alimento em áreas de produção do Ceará, o comerciante procura municípios que estejam produzindo em larga escala para que não aconteça o desabastecimento", ressaltou Girão.

Outro fator determinante para que a Ceasa Cariri ampliasse seus índices de comercialização surgiu a partir de uma decisão do Ministério Público do Ceará, que firmou, no início do ano passado, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinando que os comerciantes que vendem hortifrutigranjeiros no atacado e abastecem os permissionários do Mercado do Pirajá, em Juazeiro do Norte, além de outros equipamentos públicos, só poderiam realizar a venda de seus produtos na Ceasa Cariri. Após o TAC, as vendas de hortifrutigranjeiros e a entrada de veículos no entreposto da região do Cariri aumentaram significativamente. Até dezembro do ano passado, diariamente, ingressavam cerca de 70 veículos carregados com produtos no entreposto. Atualmente, entram, em média, 190 veículos, com um crescimento de 170%.

"A realização do Termo de Ajustamento facilitou muito o uso de um equipamento criado pelo Estado em benefício de toda a região do Cariri. Não havia cabimento que um local do porte da Ceasa Cariri não estivesse sendo utilizado, de maneira mais ampla, por conta de desabastecimentos realizados em locais não autorizados", observou José Marajaíg Novais, gerente geral da Ceasa Cariri, informando, ainda, que semanalmente três feirões são realizados. Os feirões acontecem às segundas e sextas-feiras, das 5 horas da manhã até as 18 horas.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste



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