Ceará tem meta de 100% vacinação contra o HPV, diz Secretaria da Saúde

Meninas de 9 a 11 anos começam a ser vacinadas contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em todo o país, a partir desta segunda-feira (9). No Ceará, o Dia D de vacinação contra o HPV ocorrerá no próximo sábado (14), quando todas as cidades do Ceará terão pelo menos um posto atendendo meninas para a imunização.

A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 4,94 milhões de meninas este ano. Mulheres com o vírus do HIV, de 9 a 26 anos, também serão imunizadas. No Ceará, a Secretaria da Saúde trabalha com a meta de vacinar 100% das meninas na faixa etária, 238 mil pessoas.

Segundo o ministro da Saúde, este grupo de meninas, juntamente com as de 11 a 13 anos que foram vacinadas no ano passado, pode ser a primeira geração livre do risco de morrer deste tipo de câncer, que mata 5 mil mulheres por ano no país. “A vacina é segura, previne em 70% as lesões que levam ao desenvolvimento do câncer e está disponível em mais de 30 mil postos de vacinação pelo país. Vale lembrar que não adiante tomar só a primeira dose. É necessário completar o ciclo para garantir a proteção dessas meninas”, ressalta.

Entenda como funciona a imunização contra HPV
A vacina é quadrivalente, ou seja, protege contra quatro tipos de HPV. Para receber as doses é necessário apresentar o cartão de vacinação e documento de identificação nos postos de saúde e escolas públicas e privadas cadastradas.

A imunização contra o HPV é composta por três doses. Para as meninas de  9 a 14 anos, a segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira, e a terceira dose, cinco anos após a primeira. As meninas de 11 a 13 anos que tomaram apenas a primeira dose no ano passado devem procurar os postos de saúde para dar sequência ao ciclo de vacinação.

Já para as meninas e mulheres de 9 a 26 anos que convivem com o HIV e a aids, público com maior probabilidade de desenvolver o câncer de colo de útero, a segunda dose da vacina deve ser tomada dois meses após a primeira, e a terceira dose, seis meses após a primeira. Neste caso é necessário apresentar prescrição médica.

Polêmica em 2014
Desde março de 2014, o Brasil oferece a imunização, de graça, em postos de saúde e escolas para meninas de 11 a 13 anos. Quase 5 milhões já foram vacinadas. No entanto, algumas garotas passaram mal, alegando reação alérgica à vacina, e houve polêmica acerca da vacinação. Parte delas chegou a ser internada e muitas desistiram de tomar a vacina.

Na cidade de Bertioga, em São Paulo, por exemplo, onze garotas começaram a passar mal horas após terem tomado a vacina em uma escola, em setembro. Elas apresentaram sintomas como dores no corpo, dores de cabeça e também reação no local onde foram vacinadas. Outras meninas relataram ainda formigamento nas mãos e perda de sensibilidade nas pernas.

Na época, o Ministério da Saúde afirmou que a vacina era segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O governo apontava a importância da imunização contra o HPV, que é o causador do câncer de colo de útero, o terceiro que mais leva mulheres à óbito no país.

Fonte: G1 CE



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