Anderson Silva pede para contraprova em outro laboratório, mas comissão nega

A Comissao Atlética do Estado de Nevada negou nesta quinta-feira o pedido do lutador Anderson Silva de ter a contraprova do seu exame antidoping analisada em outro laboratório e não no Sports Medicine Research & Testin Laboratory (SMRTL), onde foi feito o teste que flagrou o brasileiro pelo uso dos anabolizantes drostanolona e androsterona. Segundo Bon Bennett, diretor executivo da entidade, a solicitação teve que ser negada porque ela não atende aos padrões determinados pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

- Eles queriam que a amostra B fosse analisada num segundo laboratório. Não podemos acomodar (seu pedido) porque isso não está de acordo com os padrões da Wada, mas nós os informamos que, se eles quiserem que a contraprova seja feita, eles estão convidados a viajar a Salt Lake City, observar a amostra B para garantir que ela não foi contaminada, e esperar até os resultados saírem - afirmou Bennett, em entrevista ao site americano "Espn.com".

Além da contraprova, Anderson Silva passou por outros dois exames antidoping, no dia 19 de janeiro, e após a luta, em 31 de janeiro. Nenhum destes dois resultados é conhecido ainda.

No dia 17, o Spider e o americano Nick Diaz, também flagrado no antidoping, mas pelo uso de maconha, participarão de uma audiência em Nevada, onde a luta aconteceu, para tentarem se explicar. A tendência é que o brasileiro seja suspenso preventivamente até março, quando haverá um julgamento.

Patrocinador dá apoio
Nesta quinta-feira, Anderson Silva recebeu o apoio de um dos seus patrocinadores. Em comunicado, o "Hotel Urbano" informou que "seguirá apoiando o atleta da melhor forma possível" e que confia na inocência do lutador.

"O Hotel Urbano confia na integridade e profissionalismo do seu patrocinado e acredita que este episódio será devidamente esclarecido o mais breve possível", diz um trecho da nota

Anderson já havia recebido o apoio de Dana White. Em nota, o presidente do UFC disse que o lutador tem uma "longa e única carreira nas artes marciais mistas" e, em nove anos no UFC "nunca testou positivo para uma substância proibida". Dana disse ainda que o UFC vai apoiá-lo em todo o processo legal.

Nesta quarta-feira, Anderson se manifestou. Também em nota, o lutador negou ter se dopado e disse que ia lutar para limpar o seu nome. O médico de Anderson, Márcio Tannure, disse que o atleta ficou "surpreso" com o resultado do exame antidoping. Já o ex-lutador Chael Sonnen, que já foi flagrado várias vezes com doping, defendeu que se Anderson for culpado deveria confessar como ele fez antes de se aposentar.

Fonte: O Globo



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