Conhecida como a 'Apple chinesa', Xiaomi chega ao país no 1º semestre

Grande sensação do mercado de smartphones, a Xiaomi, conhecida como a "Apple chinesa", chega ao Brasil ainda no primeiro semestre.

A confirmação foi feita nesta quinta (15) pelo brasileiro Hugo Barra, vice-presidente global da empresa, no evento de lançamento do novo celular da Xiaomi, o Mi Note.

Fundada há menos de cinco anos, a empresa tornou-se em 2014 líder de vendas no mercado chinês, o maior do mundo, e terceira no mundo, só atrás de Samsung e Apple.

Segundo Barra, a companhia vendeu 61,1 milhões de aparelhos em 2014, alta de 227% ante os 18,7 milhões vendidos no ano anterior.

Combinando praticidade, design atraente e principalmente preços bem inferiores aos dos principais concorrentes, a Xiaomi caiu no gosto da China, onde tem vários fã-clubes. Em 2014, deu início a sua expansão internacional. Os primeiros alvos foram países vizinhos da China, como Índia, Indonésia e Cingapura.

Uma das marcas da Xiaomi é que seus produtos só podem ser comprados on-line. Na China, o sucesso é tamanho que os aparelhos se esgotam em minutos quando as vendas são abertas.

Inaugurado em agosto em São Paulo, o escritório da empresa no Brasil tem dez pessoas. Entre os preparativos para o desembarque da marca no país está o estabelecimento de parcerias com empresas locais para serviços como atendimento ao consumidor e assistência técnica.

Delírio
No lançamento desta quinta, como de hábito, a Xiaomi organizou um grande evento sob o comando de seu presidente-executivo, Lei Jun. Cada vez mais à vontade no papel de mestre de cerimônias, Lei, o "Steve Jobs chinês", apresentou o novo aparelho da Xiaomi como a resposta da empresa ao iPhone 6 Plus. "O Mi Note é menor, mais fino e mais leve que o iPhone", disse, em auditório lotado.

A cada demonstração, ilustrada por vídeos exibidos num telão, a platéia de "Mi fãs", como são conhecidos os usuários da Xiaomi na China, ia ao delírio. Principalmente quando apareceu em gran- des números o preço do novo aparelho: 2.299 yuans (US$ 371) pelo modelo de 16 gigabytes, menos de metade do iPhone 6 Plus no país.

Lei Jun desta vez deixou de lado a camisa preta que costumava usar em apresentações e que reforçou a comparação com Jobs. De jeans e camisa social azul clara, explicou em detalhes o funcionamento dos aparelhos, contou piadas, tirou selfies e previu que a empresa se tornará a maior do mundo em smartphones em cinco a dez anos.

Ele também defendeu-se das críticas de que a empresa copia tecnologias das concorrentes. "A Xiaomi é uma empresa de inovação com uma curta história", disse. "Em dez anos teremos dezenas de milhares de patentes."

No fim do ano passado, em sua rodada mais recente de captação de recursos, a Xiaomi levantou mais de US$ 1 bilhão, elevando seu valor para US$ 45 bilhões. Assim, tornou-se a start-up mais valiosa do mundo.

Fonte: Folha.com



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