Acompanhamento adequado de pré-natal, educação em saúde, assistência médica, de enfermagem e social, distribuição de kit de nutrição e vestuário, além do incentivo ao aleitamento materno. Esse conjunto de ações faz parte de uma política pública local que é pioneira e destaque na região Centro-Sul: o projeto Nascer Sorrindo.
Implantado em 2013, pela Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social, Segurança Alimentar e do Trabalho, o programa vem avançando no Município e atualmente atende a 150 gestantes e mães nutrizes. As mulheres cadastradas no projeto são acompanhadas pelas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e encaminhadas para os Centros de Referência da Assistência Social (Cras).
A Secretária de Assistência Social, Maria Valdinete Silva, explicou que o projeto segue critério do programa de inclusão social Bolsa Família, prevê acompanhamento do pré-natal e tem por base a renda familiar. "As gestantes e nutrizes devem participar das reuniões socioeducativas uma vez por mês, residir no Município e comprovar, por meio do acompanhamento realizado por agentes de saúde, a exclusividade na amamentação durante os seis primeiros meses de vida da criança.
O projeto está preparado para atender cerca de 300 gestantes por mês, com distribuição de kits nutricionais que contenham elementos indispensáveis à gestante e à criança e assegurar o acompanhamento da família, nos oito meses de participação. "Dessa forma, cumprimos o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente", disse Valdinete Silva. "O nosso esforço é para incentivo à amamentação e à efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e desenvolvimento sadio, redução da mortalidade infantil e materna e da desnutrição".
O prefeito Vanderlei Freire destacou o avanço nos indicadores de acompanhamento de pré-natal, vacinação, queda da mortalidade das crianças e da desnutrição. "Asseguramos alimentação, acompanhamento social e de saúde de qualidade", frisou o gestor. As participantes do programa também o aprovam. "Estou gostando muito, recebemos orientações e tiramos dúvidas", disse a gestante, Maria Lúcia Souza. "Quero amamentar até o sexto mês".
A secretaria de Assistência Social informou que outros municípios já solicitaram informações acerca do projeto com a finalidade de implantá-lo a partir de 2015. "É uma ideia que vem dando certo e que é modelo para outras gestões municipais", observou o assessor técnico da Prefeitura de Várzea Alegre, Francisco Evanildo Souza. A secretária Valdinete Silva acredita que nos próximos anos haverá significativa redução dos índices de mortalidade infantil, subnutrição, assim como aumento nas taxas de aleitamento materno. "O programa é integral, dá orientação às mães, educação em saúde, e faz acompanhamento completo por meio de equipe com vários profissionais - assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, médicos e psicólogos", ressalta.
Ampliação
A partir de 2015, a Secretaria vai ampliar ações para tentar reduzir o índice de gravidez na adolescência. Há alguns anos é uma realidade nos municípios do Interior o crescimento de meninas menores de 18 anos que ficam grávidas e enfrentam dificuldades. Houve uma observação empírica de que muitos dos participantes do projeto são jovens que ficaram grávidas em um relacionamento passageiro, por não se prevenirem adequadamente durante as relações sexuais.
HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR
Fonte: Diário do Nordeste
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