Intenção de compra para o Natal é a menor em seis anos

A árvore de Natal dos brasileiros deve ficar mais modesta neste ano, diante da sinalização de que as compras serão mais enxutas e a busca por promoções será maior. Um quesito especial da Sondagem do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a intenção de compras de Natal pelas famílias atingiu o menor nível desde 2008, no auge da crise mundial. Ao todo, 43% dos entrevistados pretendem gastar menos.

Para o comércio, os sinais são de vendas fracas na data comemorativa mais relevante para o setor. O indicador que calcula a intenção dos gastos dos consumidores para o Natal ficou em 69 pontos, queda de 11,6% em relação a 2013 - a pergunta é feita nas sondagens de novembro. Quase metade das famílias deve apertar o cinto do orçamento natalino, só 12% pretendem ampliar os gastos com presentes. Os demais manterão o valor reservado à data no ano passado.

Em 2013, 34,2% dos consumidores pretendiam reduzir as compras. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço em termo real da Agência Estado.

Para a instituição, os dados mostram que o consumidor brasileiro será “especialmente parcimonioso com os gastos de Natal neste ano”.

Desde o início de 2014, economistas da FGV destacam a postura cautelosa das famílias, diante de uma percepção menos favorável sobre a economia, do crédito mais caro, do peso maior da inflação no orçamento doméstico e da insegurança em relação ao mercado de trabalho. Só neste ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) já recuou 14%, ao menor patamar desde dezembro de 2008. “O quesito mostra que a cautela em relação às compras se transfere para o Natal”, afirma a economista da FGV Tabi Thuler Santos, responsável pelo levantamento.

Preço médio 
Com mais gente querendo poupar, o preço médio previsto para os presentes também caiu para R$ 59,64 neste ano. Trata-se do menor valor de toda a série histórica apurada pela FGV. Mais pessoas pretendem dar presentes cujo custo fique em até R$ 20. Para o comércio, o resultado indica que o Natal não será alentador. O setor deverá registrar movimento pouco acima do registrado em 2013.

Fonte: Diário do Nordeste



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis