Petição anti-Dilma não reflete opinião americana, dizem EUA


Após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), eleitores insatisfeitos com o resultado do pleito criaram uma petição (leia a íntegra abaixo) no site da Casa Branca pedindo que os Estados Unidos se posicionassem contra o que o texto chama de "expansão bolivariana e comunista no país" - até esta terça-feira mais de 123 mil pessoas tinham assinado o documento.

Em nota, a adida da Embaixada dos EUA em Brasília Arlissa Reynolds afirmou que "petições apresentadas nessa página não representam as opiniões do governo dos EUA".

Reynolds lembrou que a Casa Branca já se manifestou sobre as eleições no Brasil e "publicou uma declaração parabenizando a presidente Dilma Rousseff por sua reeleição".

O texto divulgado pelo governo americano diz que "o Brasil é um importante parceiro para os Estados Unidos e estamos empenhados em continuar a trabalhar com a presidente Dilma Rousseff a fim de fortalecer as nossas relações bilaterais".

A petição feita pelos brasileiros também esbarra no fato de que a seção onde foi criada no site da Casa Branca, o "We the People" (Nós o Povo, em tradução livre), "é destinada à cidadãos norte-americanos" com "13 anos de idade ou mais", segundo a diplomata.

Uma outra petição insta o governo do presidente Barack Obama a investigar e processar "indivíduos ligados a fraudes e crimes ocorridos na Petrobras durante a gestão de Dilma Rousseff", com "a ajuda do FBI [Agência de Investigação Federal dos EUA]".

Intervenção militar
No sábado (1º) um protesto convocado pelas redes sociais reuniu cerca de 2.500 pessoas na avenida Paulista, região central de São Paulo. Alguns dos presentes pediram o fim do PT, a volta dos militares Além disso e a recontagem dos votos das eleições.

Leia o texto da petição na íntegra:

"Nós peticionamos para que a administração de Obama:

Se posicione contra a expansão bolivariana no Brasil promovida pela administração de Dilma Rousseff

Em 26 de outubro Dilma Rousseff foi reeleita e irá continuar com os planos de seu partido de estabelecer um regime comunista no Brasil – nos moldes bolivarianos propostos pelo Foro de São Paulo. Nós sabemos que aos olhos da comunidade internacional a eleição foi totalmente democrática, mas as urnas eletrônicas não são confiáveis, além do fato de que os chefes do Judiciário são predominantemente membros do partido vencedor.

Políticas sociais também influenciaram a escolha da presidente, e as pessoas foram ameaçadas com a perda de sua bolsa alimentar caso não reelegessem Dilma. Pedimos à Casa Branca uma posição com relação à expansão comunista na América Latina. O Brasil não quer e não se tornará uma nova Venezuela. Os Estados Unidos precisam ajudar os promotores da democracia e da liberdade no Brasil."

Fonte: UOL



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