Joaquim Levy é anunciado na Fazenda e Nelson Barbosa, no Planejamento

Joaquim Levy, novo ministro da Fazenda
O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira (27) os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.

O engenheiro naval Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do 'Painel'. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente.

Levy e Barbosa, no entanto, não tomarão posse de imediato : eles irão compor equipe de transição e vão despachar no Palácio do Planalto, próximos à presidente Dilma Rousseff.

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou ainda que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi convidado a permanecer no cargo.

Agradecimentos
No comunicado, a presidente agradeceu a "dedicação" do ministro Guido Mantega, e destacou que foi o ministro mais longevo do período democrático.

"Em seus 12 anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria de renda da população", diz a presidente, em nota.

Dilma também agradeceu à ministra Miriam Belchior (Planejamento) por "conduzir com competência o andamento das obras do PAC e a gestão do Orçamento Federal".

A nova equipe econômica deve anunciar em breve as "linhas gerais" do seu plano para arrumar a economia do país, não se aprofundando nas medidas e nos cortes de gastos que devem ser feitos. O Palácio do Planalto quer aguardar a aprovação no Congresso do projeto que permitirá o descumprimento da meta de superavit primário deste ano –o que deve ocorrer na próxima semana.

Os membros da nova equipe econômica darão entrevista a partir das 16h.

Adiamento
O adiamento da posse suspendeu o anúncio de novas medidas econômicas previstas para serem apresentadas nesta quinta-feira (27).

Na terça-feira (25), um pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas, fechado por Guido Mantega, foi entregue à presidente Dilma Rousseff. Entre elas está a volta da cobrança da Cide (contribuição para regular o preço dos combustíveis).

Segundo a Folha apurou, a decisão final será tomada em reunião da presidente com a nova equipe econômica. Nesta terça, ela recebeu no Planalto o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Na reunião, da qual também participaram Alexandre Tombini –que será mantido no cargo como presidente do BC– e Aloizio Mercadante (Casa Civil), foram discutidas as novas medidas e a futura equipe econômica.

Reportagem da Folha publicada no sábado (22) informou que a presidente Dilma Rousseff havia encarregado sua nova equipe econômica de divulgar, no dia em que fosse anunciada oficialmente, um conjunto de medidas para garantir "a sustentabilidade fiscal" do governo e atrair investimentos para retomar o crescimento da economia.

A ideia é fazer um ajuste "gradual e consistente" das contas públicas nos próximos anos, buscando ao mesmo tempo retomar a política de economia de gastos para pagar a dívida pública (superavit primário) e evitar um cenário de recessão econômica no país.

Equipe econômica
O nome de Levy foi colocado na mesa de discussão após a recusa do presidente do Bradesco, Luiz Trabuco.

Na sexta-feira da semana passada, dia 21, auxiliares de Dilma fizeram chegar à imprensa que Levy, Barbosa e o presidente do BC, Alexandre Tombini, comporiam o novo time da área econômica.

A Bolsa subiu, dado o perfil mais ortodoxo de Levy, mas a instabilidade continuou durante a semana porque não houve confirmação oficial dos nomes.

Isso só ocorre, de fato, agora, mas com a novidade do duplo comando na Fazenda e no Planejamento durante a transição anunciada.

Fonte: Folha.com



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