Integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara responsabilizam PT e PMDB, as duas maiores bancadas da Casa, pela indefinição sobre o pedido de cassação do deputado André Vargas (sem partido-PR).
Ele é acusado de quebra de decoro por ter ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Deputados da CCJ ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato afirmaram que há um "acordão" entre deputados dos dois partidos para tentar protelar a discussão da perda do mandato.
A estratégia de Vargas é fazer que os deputados encerrem as atividades deste ano sem que seu processo chegue ao plenário da Casa, onde será analisado em votação aberta, o que favorece a cassação.
Sem a perda do mandato, ele não seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, evitando a punição de ficar inelegível por oito anos.
A cassação de Vargas foi aprovada em 20 de agosto pelo Conselho de Ética. O órgão disciplinar levou em consideração que Youssef, conforme a Folha revelou, emprestou a Vargas um jatinho para que ele e a família pudessem passar as férias no Nordeste.
Além disso, Vargas é suspeito de intermediar interesses de empresas fantasmas do doleiro em contratos com o Ministério da Saúde.
Fonte: Folha.com
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