Urca tentará reaver fósseis na Justiça

A Universidade Regional do Cariri (Urca) fará solicitação formal à Justiça Federal, em São Paulo, para reaver os fósseis apreendidos no interior de Minas Gerais com procedência da Bacia Sedimentar do Araripe. São quase 3 mil peças. O material foi flagrado com traficantes há mais de um ano.

O material solicitado à Polícia Federal (PF) desde o ano passado não foi devolvido à área onde existe o Projeto Geopark Araripe, com aval da Unesco, e o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

Mesmo com a suspeita de ainda existirem quadrilhas especializadas em tráfico de fósseis na área da Bacia Sedimentar do Araripe, a luta agora é para ampliar os grupos de pesquisas e trabalhos educacionais, além de reaver as peças que foram encaminhadas na semana passada, pela PF, para a Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisador da Urca, professor Álamo Feitosa, coordenador do Laboratório de Paleontologia e de uma das maiores pesquisas controladas que vêm sendo realizadas no Nordeste, questiona o porquê desse material ter sido entregue para a USP e não para o Cariri. "Juridicamente, pode estar certo transferir para uma instituição de pesquisa, mas do ponto de vista ético, deve vir para a região onde há um projeto de desenvolvimento sustentável".

O material foi achado na cidade de Curvelo, interior de Minas Gerais, e se encontrava em meio a pedras comuns, embalado para ser encaminhado pelos portos do Rio de Janeiro e São Paulo. A Polícia chegou à quadrilha por meio de denúncias feitas inicialmente de autoridades francesas, que apreenderam fósseis brasileiros. As investigações foram aprofundadas no Brasil, inclusive com escutas telefônicas, para chegar a rede de tráfico.

Fonte: Diário do Nordeste



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis