Eleições 2014: Cid critica Capitão Wagner e apoia reforço de tropas federais para 2º turno

Criticando “lamentável parcialidade” de segmentos da Polícia Militar, o governador Cid Gomes (Pros) se manifestou favorável à convocação de reforços federais para garantir o 2º turno da eleição no Ceará. Na tarde desta quinta-feira, 16, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) se reunirá para definir a questão.

A decisão do governador ocorre em resposta a pedido do procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado. Na última terça-feira, 14, o PRE entrou com pedido de reforço federal citando “notório acirramento de ânimos” entre grupo político de Cid Gomes e do deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR).

Em sua resposta, Cid diz ser “salutar e favorecedora” a solicitação das Forças Armadas, mas disse se manifestar “não pelos motivos levantados pelo Ministério Público”. Segundo o governador, o reforço seria positivo para “garantir, com atuação conjunta e harmoniosa, a necessária e imprescindível isenção do pleito”.

No ofício, Cid nega acusação de que veículos da PM teriam sido “encostados” durante 1º turno, prejudicando a fiscalização. Segundo ele, viaturas estariam fixas em locais estratégicos, de fácil visibilidade. Apesar disso, o governador atesta "lamentável parcialidade" de segmentos da polícia, o que atribui ao deputado Capitão Wagner.

Cid x Wagner
“O parlamentar retor indicado (Wagner) vem, há muito tempo, incitando os agentes públicos de segurança a se insurgirem contra a ordem constituinte”, diz o ofício, que cita ainda práticas como "fabricação" de ocorrências junto ao Ciops e uso indevido de rádios de viaturas policiais.

Desde que ficou confirmada a ocorrência de segundo turno no Ceará, Cid Gomes e Capitão Wagner têm trocado acusações sobre irregularidades no pleito. Enquanto o governador acusa o deputado de comandar “milícia” que atuou para beneficiar Eunício Oliveira (PMDB) na disputa, Wagner acusa Cid de atrapalhar atividade policial no pleito.

Em resposta, Wagner nega acusações e afirma que Cid estaria agindo como quem viu possibilidade de perder o poder. "Milícia é uma família que quer ser dona do Ceará e acha que vai se perpetuar no poder. O povo cearense não aguenta mais tanta arrogância, tanta prepotência”, disse.

Fonte: O Povo



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